Samba

Dudu do Sambaceuma

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

Hoje no “Estado do Samba”, trazemos a competência e o caminho seguido por esse bamba, Dudú

Sambaceuma, em mais um bom bate papo, que começa com o grande clássico de Marquinhos Satã, Falsa Consideração, ao som do cavaco (veja e ouça na TV O Estado).

JM – Olá Dudu, fala da relação com o cavaco e o samba.

DS – João, comecei com sete anos de idade, quando ganhei meu primeiro cavaco de meu pai, que era músico em Codó, inclusive vizinho do grande compositor Gerude, que sempre conta do seu aprendizado no violão. Profissionalmente, depois de um estudo também no violão, em 1995, ao lado de Marcelo Bala e Leandro, montamos o “Sambaceuma”, que começou em um bar que ficava na frente da universidade, onde às sextas, no fim das aulas, nos reuníamos em uma roda de samba com amigos. A partir dai, começamos a tocar em aniversários e confraternizações e veio a necessidade de montar uma banda com bateria, baixo e outros instrumentos. Hugo Leonardo foi o nosso primeiro vocalista, trazendo a verve dos pagodes que surgiam na época.

Desde o começo, prezamos por uma apresentação organizada e o cuidado com a qualidade musical. Ali sabíamos que não teria mais volta, que o caminho seria o sucesso, bastava nos organizarmos e mostrar o trabalho com um bom som, luz e palco, além de uma banda bem ensaiada.

JM – E a referência? De onde vem?

DS – No começo, nos mirávamos nos sambistas e pagodeiros nacionais, que apresentavam, mesmo começando, um trabalho de qualidade. Fazíamos um trabalho mais popular, porém, nossos amigos e fãs no exigiam o bom samba de raiz em toda a sua essência, sem esquecer o samba autoral maranhense. Na época o produtor musical PP Júnior nos trouxe uma canção de César Nascimento, Alê Muniz e Mano Borges, Venha me Dizer(canta o um trecho), que terminou nos projetando para o público em geral. Foi nosso primeiro registro em CD autoral, com diversas outras boas músicas.

A partir dai, começamos a viajar para outros estados, a exemplo do Piauí, Pará e o interior do Maranhão, graças a esse grande sucesso.

JM – Mas não fica só aí, né?

DS – Não. Percebemos que deveríamos fomentar a nossa cultura, nossa música, pois, nessa época não tinha internet e as pessoas, devido a grande projeção do rádio, queriam conhecer nossas composições, nossos artistas. Tínhamos um grande público e era nosso dever mostrar nossa riqueza. Devo citar também, Jaílson Pereira do Sindicato do Samba, que nos presenteou com belas composições.

JM – Dudu, chegou um momento que o Sambaceuma se afastou um pouco da mídia geral. Por quê?

DS – Na verdade, estamos com vinte e três anos, comemorados em abril deste ano. Além do mercado comercial, sempre estivemos atrelados ao social (Formaturas, aniversários, convenções, etc…) e teve um momento onde destinamos maior atenção para esse mercado, mas, sem esquecer nosso trabalho em bares, shows, etc… com destaque para os grandes eventos, como Bacabal Folia, que participamos a dezenove anos e outros. Essa comemoração em primeiro de abril, dos vinte e três anos de banda, foi o marco da nossa volta ao mercado aberto. Também pretendemos, no final de 2018, gravar um EP com músicas autorais e lançar em 2019.

JM – Quem é o Sambaceuma hoje?

DS – Hoje a nossa formação é: Eu(Dudu), Marcelo Bala, Marquinhos e Jadson, Magninho, Dino Reis, Karine Diniz, Carlos Alberto, Wanderson e Castro Júnior.

JM – E o Dudu produtor?

DS – Pois é João Marcus, desde o começo eu sempre me preocupei com a boa apresentação de nosso trabalho. Com isso, desenvolvi esse norte na produção-executiva e artística. Quem passava o som da banda para shows era eu, me preocupa com luz e palco, a direção musical, enfim, produzia mesmo.

JM – Falando em produção, qual é a próxima?

DS - “Samba São Luís”, dia 11 de agosto, a partir das 16 h, com a parceria na produção de Magno, Ronaldo e Sérgio da Nova Batuque.

A ideia João, veio do fato de em várias cidades, acontecer o seu, mas, trazendo na produção, atrações nacionais. Aqui mesmo, em São Luís, já tivemos uma edição do “Samba São Luís”, com artistas nacionais. Então me veio a ideia de fazer essa grande homenagem a nomes do nosso cenário, e, a nossa atração nacional é o grande sambista, que é maranhense, filho de São Luís, Rangel, hoje radicado no Rio de Janeiro.

Para esse evento teremos uma megaestrutura de som e luz, além de um palco 360 gigante, onde nossos artistas poderão mostrar seu trabalho, falar de sua agenda e receber uma placa comemorativa, em homenagem. Temos nomes como: João Marcus, Negro Som, PP Júnior, Magninho, Tô Di Mais, Dinho Dias, Feijoada Completa, Chico Chinês, Definição, Bicicletinha do Samba, Anderson Feijoada, Grupo Palmares, Neto Peperi, Cupim, Vitor Hugo, Vamu di Samba, Sindicato do Samba, Ivan Marques, Os Parças, Pagode Retrô e Sambaceuma.

Obrigado querido Dudu Sambaceuma, por trazer para o Estado do Samba essa energia boa e esse grande astral. Agradecer também pelo convite pra fazer parte dessa super-homenagem ao samba e lembrar ao nosso leitor que essa entrevista está disponível em nossas plataformas digitais e redes de O Estado.

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