COLUNA

Indefinições nas convenções

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

As indefinições às vésperas das convenções partidárias agendadas no Maranhão levam suspense às chapas que estarão na disputa de outubro pelo Governo do Estado. Entre o que falta ser acertado está o nome do candidato a vice-governador na chapa da pré-candidata do MDB, Roseana Sarney, a chapa majoritária de Maura Jorge do PSL e quem será o segundo candidato ao Senado do PSDB de Roberto Rocha, que disputará o governo.
A pré-candidata do MDB ainda está em negociação com partidos para indicação do seu vice. Os nomes mais cogitados até o momento são do pastor Pedro Lindoso e o empresário Ribinha Cunha, mas por enquanto ainda não há confirmação.
Maura Jorge viu a possibilidade de ter cerca de nove partidos apoiando a sua candidatura e como a convenção do PSL estava marcada para o dia 28, a pré-candidata percebeu que não teria tempo para fechar as conversas e compor sua chapa majoritária.
A pré-candidata do PSL ainda não tem o nome de seu vice também. E falta anunciar o segundo nome do candidato a senador. Maura Jorge tem somente Samuel de Itapecuru para disputar o Senado.
Mas, sem dúvida, a espera maior deste período de convenção é quanto ao futuro de José Reinaldo Tavares do PSDB. Ele era visto como o candidato ao Senado pelo ninho tucano. No entanto, em uma jogada que acabou saindo errada, perdeu o posto e passou a ser ameaçado por Waldir Maranhão.
Zé Reinaldo voltou a se movimentar, mas sem muita aproximação de Roberto Rocha e os seus pré-candidatos - leia-se Waldir Maranhão e Alexandre Almeida.

Mudanças
O PSL mudou a data de sua convenção, que seria realizada amanhã. Com a possibilidade de novas adesões em torno da candidatura de Maura Jorge, a legenda decidiu trocar.
Primeiro foi cogitado o dia 3 de agosto. Mas, devido a problemas de agenda de aliados de Maura, a data foi descartada.
Depois, foi considerado o dia 4, mas a data também foi descartada, porque já havia outro evento político agendado por aliados da pré-candidata. No fim, sobrou o dia 5, até mesmo porque desta data não pode passar.

Equação difícil
A pré-candidata ao governo, Maura Jorge (PSL), vem trabalhando para conseguir chegar à convenção de seu partido com nove partidos em sua coligação.
O problema é que a pré-candidata acaba não levando em consideração as composições para as eleições proporcionais, o que vem deixando a equação difícil de ser resolvida.
O PMN e PHS, que estavam praticamente certos no apoio a Maura, recuaram depois de saber que a articulação era para formar um chapão com outras legendas.

Fraca tentativa
O pré-candidato ao governo pelo PT, o sindicalista Aníbal Lins, entrou com ação na Justiça para tentar suspender o encontro do partido que ocorrerá nesta sexta-feira.
A intenção de Lins é garantir que seja cumprida a resolução da Executiva Nacional do partido, que determinou que o encontro no Maranhão acontecesse no dia 2 de agosto.
Na verdade, Lins tenta evitar o que é praticamente inevitável: a vitória da tese de que o PT deve apoiar a candidatura de Flávio Dino à reeleição.

Partido falido
O presidente estadual do PT, Augusto Lobato, definiu bem a situação do partido no Maranhão. Segundo ele, sem unidade interna ficou impossível a legenda conseguir espaço na chapa majoritária de Flávio Dino.
Isso porque o partido não se voltou para apoiar um nome e assim apresentar este na mesa de negociação com os demais partidos aliados de Dino.
Nem Márcio Jardim, que tanto pressionou (pelas redes sociais, é verdade!), conseguiria ser um nome forte dentro do PT, até mesmo porque ele tentou ser candidato ao Senado sem conversar internamente.

Afastamento
O prefeito de Tuntum, Cleomar Tema, se afastou da presidência da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem).
Ele disse que precisa de mais tempo para cuidar da campanha da esposa, Daniela, para a Assembleia Legislativa. Ele só não se afastou da Prefeitura de Tuntum.
Assumiu como presidente da entidade o prefeito Djalma Melo, de Arari, que ficará no comando da Famem por cerca de 60 dias.

Incoerência
E a incoerência partidária deverá continuar sendo uma das grandes características do grupo político do governador Flávio Dino.
Além de ter vários nomes em seu rol de alianças que ajudaram a tirar a presidente Dilma Rousseff da Presidência da República, Dino agora trabalha com partidos que nacionalmente estão com o PSDB.
Lembrando que o PCdoB de Dino é um dos partidos que combatem os tucanos nacionalmente. Mas para quem já abraçou tucanos e disse se sentir do PSDB, essas alianças com partidos pró-Alckmin não causam qualquer estranheza.

DE OLHO
R$ 4,5 milhões é o valor já gasto pelo governo Flávio Dino na área do trabalho. Pelo parco valor do investimento, é possível perceber o motivo de o Maranhão estar em baixa na geração de emprego e renda.

E MAIS

• Elziane Gama (PPS) continua sendo persona non grata entre os aliados de Flávio Dino. Deputados estaduais e federais que concorrem à reeleição não fazem qualquer esforço para mostrar simpatia pela candidatura da pepessista ao Senado.

• Enquanto o PT nacional atendeu a uma das exigências do PCdoB, que era o apoio dos petistas maranhenses ao projeto de Flávio Dino, os comunistas nacionalmente dificultam a aliança em torno do nome do ex-presidente Lula.

• E nas decisões de apoio nacional dos partidos do Centrão a Geraldo Alckmin, o único que deixa de ganhar é o pré-candidato ao governo do Maranhão do PSDB, Roberto Rocha, que não receberá o apoio de partidos como DEM, PP e PR.

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