Parceria com a SSP

Associação quer implantar segurança privada na Península

Direção da entidade analisa qual empresa será responsável pela instalação dos equipamentos

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

A região da Península da Ponta d’Areia, uma das áreas atualmente mais valorizadas de São Luís e destacada por O Estado em sua edição dos dias 28 e 29 de abril deste ano, deverá contar, em breve, com um sistema próprio de monitoramento e vigilância. A ideia é da Associação dos Moradores da Península, que já entrou em contato com empresas do setor de segurança para a instalação e manutenção dos equipamentos (entre eles câmeras e monitores, que constituirão uma central de monitoramento). De acordo com a entidade, o projeto conta com o apoio e será realizado de forma mútua com a cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP). A O Estado, questionada, até o fechamento desta edição, a pasta estadual não detalhou como se dará a participação no trabalho.

Além de postos volantes (três no total) em diferentes pontos da Península, a área – que atualmente conta com aproximadamente 5 mil moradores, 35 condomínios, três hotéis e cerca de 1.300 apartamentos – também deverá contar com um ponto fixo de monitoramento, que deverá ser instalado em um dos hotéis da localidade. Também está prevista, no projeto, a instalação de uma rede de rádio, conectada entre os condomínios, para que sejam repassadas informações aos responsáveis acerca de possíveis ocorrências e pessoas suspeitas circulando na área.

Segundo o presidente da Associação dos Moradores da Península, Júlio Moreira Gomes, o objetivo é manter a boa parceria com a Polícia Militar do Maranhão (PMMA) – ligada à SSP. “Temos uma excelente relação com estes órgãos, e a missão do projeto do sistema de segurança não é somente nos dar mais proteção e sim estreitar a relação com os órgãos públicos de segurança”, disse.

Ele confirmou ainda que, no total, a implantação do sistema de monitoramento e vigilância terá duas etapas. Na fase complementar, será montada – em associação aos equipamentos de segurança - uma rede de comercialização para que os moradores possam ter novas opções de compra na própria localidade. “Trata-se de um projeto inédito e nunca visto em outros bairros da cidade”, disse Gomes.

Transeuntes reclamam
Moradores e pessoas que trabalham diariamente nos imóveis situados na Península afirmaram que as medidas de segurança deverão dar mais tranquilidade. “Graças a Deus nunca aconteceu nada comigo, mas outras colegas já falaram que foram vítimas de assaltos nesta região. A gente espera que, com estas medidas, tenhamos ainda mais tranquilidade”, disse a diarista Dayse Rocha.

SAIBA MAIS

Levantamento feito por O Estado e com base no relatório feito pelo Índice FipeZAP aponta que a região da Península (com valor estimado médio de R$ 6,3 mil por metro quadrado) ainda está abaixo do valor métrico de áreas em cidades como Rio de Janeiro (R$ 9,8 mil), São Paulo (R$ 8,7 mil) e Brasília (R$ 8,2 mil). Em contrapartida, a área ludovicense supera cidades como Fortaleza, município conhecido por seus grandes empreendimentos na orla.

O crescimento da região da Península se deu, basicamente, com a consolidação da Lei nº 3.253, de 29 de dezembro de 1992 (que dispõe sobre o zoneamento, parcelamento, uso e ocupação do solo urbano da cidade). Foi esta legislação que permitiu, por exemplo, a criação, na Península, das chamadas superquadras, com logística semelhante à adotada em cidades como Brasília. O conceito das superquadras, que norteou as primeiras construções desta região de São Luís, a partir da segunda metade da década de 1990, consiste em edifícios alongados, com liberação do térreo para a circulação de usuários.

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