Repatriamento

Rússia apresenta plano para levar refugiados de volta à Síria

Segundo ministério russo, acordo sobre o projeto foi obtido na cúpula entre Trump e Putin, que aconteceu na cidade de Helsinque, dia 16

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30


MOSCOU - O ministério da Defesa russo afirmou que enviou propostas detalhadas a Washington para organizar o retorno de mais de 1,7 milhão de refugiados à Síria, após o presidente americano Donald Trump, e o russo, Vladimir Putin, terem chegado a um acordo sobre o assunto em seu encontro em Helsinque, no início da semana. As informações são da agência russa RIA.

A proposta, segundo o ministério russo, era estabelecer uma ação conjunta objetivando repatriar os refugiados sírios a seus locais de origem, de onde tiveram de fugir quando a guerra na Síria começou em 2011.

"O avanço efetivo do plano foi ajudado pela concordância sobre o tema na cúpula na Finlândia entre o presidente Putin e o presidente Trump", disse um representante do ministério, Mikhail Mizintsev, à agência Tass.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, confirmou numa entrevista que Trump e Putin discutiram como proeceder no repatriamento dos refugiados sírios na reunião em Helsinque.

"Sim, houve uma discussão presidente Trump e o presidente Putin sobre a crise na Síria e como poderíamos repatriar os refugiados", disse Pompeo. "É importante para o mundo que, no momento certo, por meio de mecanismos voluntários, esses refugiados consigam voltar a sua terra natal".

Os militares americanos e russos já têm um link de comunicações na Siria para evitar conflitos acidentais entre suas forças. E um trabalho conjunto para auxiliar os refugiados ensejará uma cooperação maior entre os países.

"As propostas que apresentamos estão sendo revisadas agora pelos Estados Unidos", disse o ministério russo em comunicado. De acordo com a Rússia, as sugestões incluem montar um grupo de monitoramento tripartite (russo-americano-jordaniano) em Amã, na Jordânia, e estabelecer uma iniciativa similar no Líbano.

Dos 1,7 milhão de refugiados que poderiam ser beneficiados com a cooperação EUA-Rússia, 890 mil estariam no Líbano, outros 300 mil na Turquia e outros 200 mil espalhados por países da União Europeia.

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