Anuário

Cresce participação de MPE na criação de emprego no país

No período de 10 anos, segmento gerou mais cinco milhões de novos empregos no Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

Anuário do Trabalho nos Pequenos Negócios, elaborado pelo Sebrae, a partir de informações do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese), revela que, no período de 2006-2016, a participação das mi­cro e pequenas empresas (MPEs) no estoque de emprego no país cresceu de 53,5% para 54,5%. Em 10 anos, houve um aumento de 1,1 milhão de pequenos negócios no Brasil, o que representa crescimento de 21,9% no número de empresas, responsáveis pela geração de mais cinco milhões de novos empregos. Em consequência, em 2016, chegou a 16,9 milhões o total de postos de trabalho nas empresas de pequeno porte.
O documento também mostra que o percentual de demissões nos pequenos negócios foi proporcionalmente menor do que nas médias e grandes empresas. Na crise econômica, enquanto as MPEs perderam 300 mil trabalhadores, entre 2014 e 2015, e 600 mil, de 2015 para 2016; nas médias e grandes empresas essa perda foi bem maior: de 1,1 milhão e de 900 mil, respectivamente.
“A crise econômica que atingiu o país em 2015 e 2016 foi a responsável pela quebra na longa sequência de crescimento anual do número de pequenos negócios no Brasil. Desde 2006, essa elevação foi contínua, mantendo-se a taxa média de 2,4% ao ano, o que persistiu até 2015”, explica Vinicius Lages, diretor administrativo financeiro e presidente em exercício do Sebrae.
Porém, ele acrescenta que “somente em 2016 102 mil estabelecimentos deixaram de existir, reduzindo-se a 6,8 milhões o número MPE, o que configura uma queda da ordem de 1,5% no número de empreendimentos. Ainda assim, a participação relativa dos pequenos negócios no total de estabelecimentos do país se manteve em 99%, ao longo desse período”.
Entre 2006 e 2016, conforme o Anuário, a remuneração média real dos trabalhadores lotados nos pequenos negócios cresceu 25,3%, enquanto a dos trabalhadores das médias e grandes corporações su­biu 14,3%, levando à redução das diferenças de salários pagos por esses dois grupos de empresas.
A maior parte dos empregados está no setor de Serviços, que agrupava em 2006, 34,4% das micro e pequenas empresas, percentual elevado a 41,7% em 2016. Já a participação no Comércio caiu de 51,7% (2006) para 42,8% (2016).

Mais

Escolaridade

O Anuário mostra que a maior parte dos empregadores das micro e pequenas empresas de todas as regiões do país, de ambos os sexos, possuía ensino médio completo ou superior incompleto, em 2016. No Nordeste e Norte, porém, as mulheres apresentavam maior nível de escolaridade (incluindo o superior completo). No caso dos “contas próprias”, o perfil também difere. A maior parte dos homens possuía, em 2016, ensino fundamental incompleto, enquanto as mulheres, em sua maior parte, tinham o ensino médio completo ou superior incompleto.

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