Na cadeia

STJ nega liberdade ao ex-deputado Eduardo Cunha

Decisão é da presidente do STJ, Laurita Vaz, em recurso apresentado pela defesa do ex-parlamentar; Cunha foi preso no bojo da Operação Sepsis

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Eduardo Cunha continua preso
Eduardo Cunha continua preso (Eduardo Cunha)

BRASÍLIA - A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz, negou um pedido de liberdade apresentado pela defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ). A decisão foi divulgada ontem.

A prisão do ex-presidente da Câmara foi decretada no âmbito da Operação Sepsis, deflagrada pela Polícia Federal para apurar fraudes na Caixa Econômica Federal.

Eduardo Cunha está preso desde outubro de 2016, em Curitiba (PR). À época, a prisão foi decretada pelo juiz federal Sérgio Moro num processo relacionado à Operação Lava Jato.

Em junho deste ano, o ex-deputado foi condenado a 24 anos e 10 meses de reclusão, em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo envolvendo fraudes em financiamentos concedidos pelo Fundo de Investimento do FGTS.

Decisão - Segundo o STJ, ao pedir a liberdade de Cunha, a defesa do ex-deputado alegou excesso de prazo na prisão.

Mas, ao analisar o caso, Laurita Vaz concordou com os argumentos do juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, que condenou Eduardo Cunha.

Segundo a sentença, a gravidade dos fatos narrados e o risco de reiteração delitiva, ou seja, de voltar a cometer crimes, justificam a manutenção da prisão preventiva de Cunha (na qual não há prazo para o preso ser solto).

O relator do caso é o ministro Rogério Schietti Cruz, mas Laurita Vaz tomou a decisão sobre o pedido porque ela é quem está à frente do tribunal durante o recesso do Poder Judiciário.

Com isso, o mérito do habeas corpus ainda deverá ser julgado pelos ministros da Sexta Turma do STJ.

Mesmo que obtivesse decisão favorável, Cunha ainda permaneceria preso. Isso porque há contra ele outras duas ordens de prisão: Uma decretada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, na Operação Patmos e outra decretada pelo juiz Sergio Moro, em Curitiba, na Operação Lava Jato.

A Operação Sepsis, que resultou na prisão de Cunha, teve como base as delações de Fábio Cleto e de Nelson Mello, ex-diretor da empresa Hypermarcas.

De acordo com investigadores, Fabio Cleto informava os nomes das empresas que pediam financiamento com recursos do FGTS a Lúcio Funaro, que procurava as empresas e pedia propina para agilizar a liberação do dinheiro.

Segundo os investigadores, a propina era dividida entre Funaro, Cleto e Cunha.

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