Despesas altas

Empresas de transporte querem mudança em plano de saúde

De acordo com responsáveis pelo Consórcio Upaon-Açu, reajuste das tarifas, concedido em janeiro, não tem sido suficiente para cobrir custos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Reunião entre representantes de empresas de ônibus e trabalhadores  na SRT
Reunião entre representantes de empresas de ônibus e trabalhadores na SRT (Transporte)

SÃO LUÍS - Pelo menos oito empresas (Viper, Planeta, Speed, Autoviária Matos, Patrol, Viação Abreu, Rio Negro e Aroeira) que constituem o Consórcio Upaon-Açu querem a mudança no regime atual de concessão de plano de saúde aos motoristas, fiscais e cobradores de ônibus. De acordo com os responsáveis pelo Consórcio, o último reajuste das tarifas, concedido em janeiro deste ano pela Prefeitura de São Luís, não é suficiente para cobrir custos. Uma reunião foi realizada para tratar do assunto na manhã de ontem,16, na sede da Superintendência Regional do Trabalho em São Luís. Outro encontro está marcado para o mesmo local, na próxima sexta-feira,20, às 10h30.

De acordo com o diretor executivo do Consórcio Upaon-Açu, Paulo Pires, com a inclusão do atual plano de saúde na grade de benefícios, cada trabalhador custa até R$ 153 às empresas. Com a mudança, proposta pelo Consórcio, a despesa individual passaria para R$ 145, o que significaria uma queda nos custos de aproximadamente R$ 38 mil por mês. “Atualmente, sessenta por cento do valor arrecadado pelas empresas é usado para despesa de pessoal. Ou seja, o valor concedido no último reajuste pelo poder público não é mais suficiente para atender às nossas necessidades”, disse.

Para Pires, a Prefeitura – que encaminhou representante na reunião de ontem na Superintendência do Trabalho – deveria se posicionar sobre o assunto. “Não é nosso interesse tirar esse benefício do trabalhador, pelo contrário. Nós somente queremos um reordenamento para tornar o sistema bom para todos”, disse. Até o fim da tarde de ontem, a Prefeitura não emitiu parecer acerca de sua participação na reunião.

Em contato feito por O Estado, a assessoria de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários do Maranhão (Strrema) informou que, além do plano de saúde, empresas do Consórcio Upaon-Açu estariam com pendências salariais com motoristas, cobradores e fiscais. O atraso nos salários foi negado por Paulo Pires por telefone. “Não há qualquer débito e vamos tratar na próxima sexta-feira apenas da questão do plano de saúde”, afirmou.

Relembre

Levantamento feito por O Estado no início deste ano aponta que, de 2014 para cá, os valores das passagens de ônibus em São Luís registraram elevações que variam de 40,7% a 51,8%. À época do reajuste, a Prefeitura informou que “o reajuste tarifário atenderia às regras do contrato de concessão do serviço”, referindo-se à licitação do transporte finalizada pelo poder público em 2016.

Em janeiro, os preços das tarifas passaram de R$ 2,90 para R$ 3,10 (nas linhas integradas). Já o preço da linha não-integrada, que antes variava em R$ 2,20 e R$ 2,50, passou a ter preço único de R$ 2,70.

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