Aumento gradativo

Síndrome Respiratória registra novos casos no Maranhão

Um total de 160 casos foi contabilizado no estado até o dia 9 deste mês; conforme MS, número de óbitos, que havia caído para 21, subiu para 22

Daniel Júnior/ O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Vacina contra a gripe é uma das armas na prevenção à Síndrome
Vacina contra a gripe é uma das armas na prevenção à Síndrome (vacina)

SÃO LUÍS - Aumentou para 160 o número de casos registrados da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Maranhão, de acordo com dados do Ministério da Saú­de (MS) coletados até o dia 9 deste mês. Em reportagem de O Estado publicada no início deste mês, havia 138 registros da doença. Segundo levantamento feito pelo MS, o número, que foi de 22 óbitos no mês passado, caiu para 21 no início deste mês, mas voltou a ser confirmado em 22 mortes. A síndrome é causada pelos vírus da gripe A (H1N1), A (H3N2), A (não subtipado), Influenza B, Influenza C e por outros vírus respiratórios.

“O aumento do número de ca­sos de Síndrome Respiratória Agu­da Grave (SRAG) acompanha os períodos de outono e inverno. As pessoas ficam mais vulneráveis aos vírus da gripe. Por isso, temos mais casos surgindo. A melhor forma de prevenção é tomar a vacina da gripe, anualmente. Mas existem outras formas, como a higiene respiratória, ou seja, quando o doente espirrar ou tossir no ambiente, usar lenço ou espirrar no cotovelo, além disso manter a casa arejada”, ressaltou o pneumologista Pedro Springer, da Santa Casa de Misericórdia Hospital do Coração José Murad.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma complicação, um quadro de agravamento da síndrome gripal (SG), em que, além de apresentar os sintomas gripais como febre, tosse, dor de garganta, dor de cabeça ou no corpo, a pessoa passa a apresentar também dispneia ou desconforto respiratório, piora nas condições clínicas de doença de base e hipotensão em relação à pressão arterial habitual.

O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais e radiológicas. Tanto a SRAG quando a SG podem ser causadas por diversos vírus respiratórios. Os mais comuns são o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza B e influenza A, com seus subtipos A Sazonal, A H1N1 e A H3.
Crianças, idosos, professores e gestantes são os públicos mais vulneráveis à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e devem tomar a vacina da gripe, que a forma mais eficaz de combater a gripe e a sua gravidade.

De acordo com pneumologistas, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRGA) é a gripe de forma grave. Além do paciente ter os mesmos sintomas de um simples resfriado, também sente dores no corpo, febre, indisposição e, principalmente, dificuldades respiratórias. Essa doença é causada principalmente pelos vírus influenza, que afeta os pulmões e os inflamam. O diagnóstico da doença é baseado nos sintomas e também por meio de exames de sangue e secreção respiratória. Além disso, é utilizado o oxímetro, um aparelho que mede a oxigenação no sangue, pois doenças respiratórias podem baixar a oxigenação.

O tratamento da síndrome é realizado com Tamiflu. Esse medicamento reduz a proliferação dos vírus da gripe, influenza A e B, pela inibição da liberação de vírus de células já infectadas, inibição da entrada do vírus em células ainda não infectadas e inibição da propagação do vírus no organis­mo. Há redução da duração dos sinais e sintomas da gripe, da gravidade da doença e da incidência de complicações associadas à gripe. O tratamento deve ser iniciado dentro do primeiro ou segundo dia do aparecimento dos sintomas de gripe.

Recomendação
Com os sintomas e principalmente dificuldades respiratórias, o paciente deve procurar um médico o mais rápido possível para ser iniciado o tratamento. É uma síndrome pouco abordada, e as pessoas pensam que é apenas uma gripe, sem tanta gravidade, segundo especialistas.

Saiba Mais

6 milhões não se imunizaram

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), mais de seis milhões de pessoas do grupo prioritário da vacinação contra a gripe deixaram de se imunizar. A vacina ainda está sendo ofertadas em unidade de saúde pública e também na rede particular. A cobertura vacinal, após três semanas do fim da campanha, chegou a quase 89%. O índice, no entanto, ainda está abaixo da meta recomendada pelo Ministério da Saúde, que é de 90%. Gestantes e crianças continuam sendo os que menos procuram as salas de vacinação, com cobertura de 76,4% e 73,6%, respectivamente. O Maranhão recebeu 1.858.500 doses da vacina. Foram aplicadas 1.621.949 vacinas. O Estado conseguiu bater a meta, que era de 90%, com 93,7%.

Nota do MS sobre total de mortes

O Ministério da Saúde esclarece que os dados dos Informes Epidemiológicos divulgados semanalmente estão sujeitos a alterações. Isto se deve às investigações do óbito e mudança de diagnóstico, reinvestigação dos casos, entrada de novos dados por parte das equipes de vigilância dos estados e municípios, entre outros aspectos. Por este motivo, a pasta esclarece que o informe é elaborado semanalmente, sendo possível ocorrer essas pequenas diferenças entre uma semana e outra, não sendo correto este tipo de comparação.

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