Saúde

Comportamento infantil é tema de evento em São Luís

Atividade foi organizada pela Sociedade de Pediatria do Maranhão e aconteceu na sexta-feira,13, no Conselho Regional de Medicina

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

SÃO LUÍS - Constatar problemas no desenvolvimento do comportamento infantil foi o tema da discussão, promovida na manhã e tarde de sexta-feira,13, pela Sociedade Maranhense de Pediatria (SMP). O evento aconteceu na sede do Conselho Regional de Medicina (CRM), no Renascença, e contou com a participação de profissionais de saúde de diferentes áreas (fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, dentre outros).

Um dos temas de maior relevância da atividade foi sobre os distúrbios de ansiedade que podem gerar problemas crônicas no desenvolvimento do público infanto-juvenil. A principal palestra do dia foi da psiquiatra infantil Ana Márcia Guimarães Alves, oriunda do estado de Goiás. Ela abordou acerca do medo patológico e da ansiedade envolvendo crianças e adolescentes.

Durante a fala, a profissional fez uma distinção importante sobre mutismo e autismo. “Enquanto um está relacionado ao aspecto da linguagem, ou seja, a incapacidade de usar gestos verbais [mutismo] o outro está pautado na falta de iniciativa de se comunicar e, em consequência, de interagir com o mundo [autismo]”, disse a psiquiatra.

Discussões

Corroborando com a fala da profissional, a presidente da Sociedade de Pediatria do Maranhão, Marynea Vale, ressaltou a importância das discussões. “Estima-se que boa parte do público jovem, em especial, aquele pautado em uma rotina que o impossibilite de interações com outras crianças, esteja com algum tipo de distúrbio. Por isso, é necessário todo o tipo de esclarecimento, como o evento de hoje [sexta-feira, 13]”, afirmou.

Para a presidente, quanto mais cedo os pais ou responsáveis observarem qualquer tipo de transtorno nos mais jovens e que impossibilitem seu desenvolvimento por algum aspecto comportamental, melhor. “E nestes casos, toda a ajuda médica é fundamental. Qualquer suspeita de problemas, neste caso, deve ser eliminada ou não com a ajuda profissional”, disse.

Outros assuntos

Além do medo patológico, temas como suicídio entre os jovens e transtornos do déficit de atenção também foram abordados. Estudo recente promovido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apontou que um a cada três adolescentes brasileiros sofre de transtornos mentais comuns, as chamadas TMCs. A pesquisa apontou que, se não tratados, os transtornos que alteram o comportamento dos mais jovens podem atingir níveis considerados irreversíveis.

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