Silenciou

Flávio Dino não explica saques de R$ 1 bilhão da Previdência

Movimentação do Governo nos recursos do Fepa foi revelada pelo deputado estadual Eduardo Braide

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Flávio Dino não explica saques de mais de R$ 1 bilhão de fundo previdenciário
Flávio Dino não explica saques de mais de R$ 1 bilhão de fundo previdenciário (Flávio Dino)

O governador Flávio Dino (PCdoB) ainda não explicou o resgate de mais de R$ 1 bilhão do Fundo Estadual de Pensão e Aposentadorias (Fepa). O montante estava investido em aplicações financeiras e rendia, até 2017, mais de uma centena de milhões de reais anualmente.

O saques vultuosos e que ameaçam o pagamento integral de aposentadorias e pensões a servidores do estado, constam em publicações do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) do Governo do Maranhão. Na quarta-feira, o deputado Eduardo Braide (PMN) explorou o tema na tribuna da Assembleia Legislativa.

De acordo com os dados oficiais, os comunistas receberam o Estado com R$ 1,19 bilhão do Fepa aplicados. Em 2015, resgataram pouco mais de R$ 20 milhões. No ano seguinte, novos resgates, que, somados, totalizaram algo em torno de R$ 47 milhões.

O ano de 2016 terminou com R$ 1,12 bilhão do Fundo aplicados em instituições financeiras e, em 2017, os saques foram 10 vezes maiores: R$ 457 milhões retirados das aplicações.

Em 2018, nos dois primeiros meses do ano, foram sacados mais R$ 50 milhões e, com o recente resgate de R$ 440 milhões, autorizado pela Justiça, estima-se que o Fepa tenha em aplicações pouco mais de R$ 150 milhões.

Pressionado por deputados de oposição, o governador Flávio Dino silenciou sobre o tema, e não explicou os saques.

A pressão no legislativo estadual ocorreu após registro de atraso, no mês de junho, do pagamento de aposentadorias a servidores que não estão mais na ativa.

A base governista chegou a vetar um requerimento de autoria de Braide, que convocava o presidente do Iprev, Joel Benin, a dar explicações sobre o rombo na previdência estadual.

A bancada de oposição formalizou um pedido de esclarecimentos ao Executivo, mas tem enfrentado a resistência de governistas.

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