Eleições 2018

Aliado de Alckmin diz que alinhamento regional com Ciro não define aliança do DEM

Rodrigo Garcia admite abertamente a possibilidade de o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia – mais próximo ao candidato do PSDB - abrir mão da candidatura para apoiar outro candidato

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

BRASÍLIA - Defensor de uma aliança com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições 2018, o líder do DEM na Câmara, deputado Rodrigo Garcia (SP), afirmou, em conversa com o Estadão/Broadcast, que a aproximação de diretórios regionais com Ciro Gomes (PDT) não definirá os rumos que o partido tomará na disputa pelo Planalto.

O líder da bancada argumenta o alinhamento histórico do DEM com o programa do PSDB para defender uma aliança com Alckmin.

O partido admite abertamente a possibilidade de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, abrir mão de se candidatar ao Planalto e apoiar outro presidenciável. Na quinta-feira, 5, Maia afirmou que, do ponto de vista "das ideias", é mais fácil o partido apoiar Geraldo Alckmin (PSDB). Em relação aos palanques estaduais, ponderou, há mais afinidade com Ciro.

O líder da bancada relativiza a declaração do presidente da Casa. "Essa lógica quem vai deliberar é o presidente (do partido), ACM Neto, entre as bancadas do Senado e da Câmara e a Executiva Nacional, ponto", disse Garcia. E ainda argumenta o alinhamento histórico do DEM com o programa do PSDB para defender uma aliança com Alckmin. "Se for tomado outro rumo, naturalmente vai ter que se colocado isso de maneira clara o porquê de outro rumo."

No DEM, há o temor de que a divergência em relação à aliança faça o comando da legenda convocar uma votação ampliada entre dirigentes, deputados e senadores para decidir quem apoiar na eleição presidencial. A Executiva deve se reunir na quarta-feira, 11, para discutir o assunto.

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Para contrapor a ala do partido que defende uma aliança com Ciro Gomes, Rodrigo Garcia argumenta que DEM e PSDB estão juntos em oito Estados. Os democratas apoiam candidaturas tucanas em São Paulo, Rondônia, Roraima e Piauí. Já os tucanos apoiam pré-candidatos do DEM no Amapá e no Pará. Além disso, os partidos estão juntos em Pernambuco e Alagoas. "Em virtude de uma decisão nacional estar sendo tomada muito próximo da convenção, deverá ser respeitada a realidade de cada Estado. Não pode ser encarado como nenhuma dissidência se, por acaso, a decisão for diferente da nacional", diz o líder do DEM, admitindo a divisão no partido em relação à campanha presidencial.

Flávio Rocha rejeita ser vice

de outro nome do centro

Pré-candidato do PRB à Presidência da República nas eleições 2018, o empresário Flávio Rocha rejeitou a hipótese de ser vice na chapa de outro nome do centro.

“Não admito essa possibilidade. Vamos em frente em voo próprio. Nossa candidatura tem mais visibilidade devido à baixa rejeição e ao perfil. É uma questão mais qualitativa do que quantitativa, mas o pessoal insiste em ler pesquisa a moda antiga”, disse Rocha ao Estado.

O pré-candidato disse que deu aval para o PRB entrar no debate sobre uma candidatura única do centro, mas desde que ele estivesse na cabeça da chapa presidencial.

“Tudo indica que essa aliança (do centro) não vai se viabilizar. Cada um tem uma posição diferente. Não há muita coesão. Há um alinhamento total de propósito entre eu e o partido de que convém a candidatura própria”, afirmou.

Na mais recente pesquisa CNI/Ibope, Rocha aparece com 1% das intenções de voto. Esse é o mesmo desempenho de outros dois candidatos do centro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB).

O presidenciável do PRB minimizou os números e disse que as pesquisas hoje mostram o recall de nomes conhecidos do eleitor. “Os mesmos que pontuam têm rejeições recordes. O importante agora é a baixa rejeição e (atender ao) perfil que está sendo demandado pelo eleitor. Será a reedição do que vimos em São Paulo e em Belo Horizonte em 2016”, afirmou, citando cidades que elegeram outsiders nas eleições daquele ano.

Eleições de outubro terão 2 milhões

de mesários no país

Tribunal Superior Eleitoral começou na sexta-feira a chamar indicados

Mesários comandarão urna eletrônica
Mesários comandarão urna eletrônica

Pelo calendário das eleições de 2018, desde a última sexta-feira (6), iniciou-se a nomeação dos membros das mesas receptoras e do pessoal de apoio logístico para o primeiro e segundo turnos do pleito de outubro. O prazo final para a nomeação é 8 de agosto, e os atos têm que ser publicados no Diário da Justiça Eletrônico, nas capitais, ou afixados nos cartórios eleitorais, nas demais cidades. A expectativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que cerca de 2 milhões de pessoas atuem nas mesas receptoras nas eleições deste ano.

Em sua conta no Twitter, o TSE fez uma chamada aos eleitores para reforçarem a equipe que vai trabalhar nas eleições. "A força de trabalho fica ainda mais forte quando existe um bom motivo: a DEMOCRACIA! E este time sempre ganha. Ele faz a democracia acontecer!", diz o post, seguido da hashtag "Vem ser mesário".

Eleitores a partir dos 18 anos em situação regular podem ser convocados para trabalhar no dia da votação, com exceção dos candidatos e seus parentes consanguíneos e por afinidade até segundo grau. Também não podem ser mesários os integrantes dos diretórios de partidos que exerçam função executiva, os policiais, os funcionários com cargos de confiança do Executivo e os integrantes do serviço eleitoral.

As mesas são formadas por presidente, primeiro e segundo mesários, dois secretários e um suplente. Cabe aos membros das mesas receptoras organizar os trabalhos das seções eleitorais do início da votação (8h) até o encerramento (17h). Eles recebem o eleitor, colhem e conferem a assinatura e liberam a urna para o voto. Na seção eleitoral, o presidente é a autoridade máxima, responsável pelo sigilo do voto de cada eleitor e pela tranquilidade da votação, além de zelar pela segurança da urna eletrônica durante todo o processo.

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