Estrangeiros

Africanos resgatados deixam o ginásio Costa Rodrigues

Vinte deles permanecem em São Luís, residindo em uma casa no Araçagi, e cinco preferiram viajar para a região Sul e Sudeste

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

SÃO LUÍS - Os vinte e cinco africanos de Senegal, Serra Leoa, Guiné e Nigéria, que foram resgatados na costa maranhense, nas proximidades da cidade de São José de Ribamar, no dia 19 de maio deste ano, deixaram nesta sexta-feira, 6, o ginásio Costa Rodrigues, no Centro. Ainda no último dia 4, os brasileiros Sílvio da Paixão Freitas e Josenildo do Nascimento Teodoro, que foram acusados de serem os proprietários da embarcação que estavam trazendo os africanos para o Brasil ilegalmente, foram denunciados pelo Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA).

Segundo informações da assessoria de comunicação do governo, apenas 20 dos africanos resgatados resolveram morar no estado, enquanto os outros partiram para as regiões sul e sudeste. No Maranhão, um dos estrangeiros vai morar em uma residência de um conterrâneo senegalez, em São Luís, e, os outros 19 foram levados para uma casa, no Araçagi, em São José de Ribamar, cedida por uma igreja evangélica.

Os africanos resgatados já receberam o documento Provisório de Registro Nacional Migratório concedido pela Polícia Federal e, no momento, podem circular livremente pelo país e adquirirem o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).

Entenda o caso

A embarcação usada pelos brasileiros Josenildo Silva e Sílvio Paixão de Freitas para transportar os africanos saiu de um porto de Cabo Verde, no dia 16 de abril deste ano, com destino a região do Sudeste do Brasil.. O percurso, com 27 pessoas em um pequeno barco, duraria ao menos 15 dias, mas no trajeto quebrou o aparelho de GPS e logo depois o motor e, por último, a vela foi danificada devido a uma tempestade. Cada estrangeiro chegou a pagar R$ 5 mil para entrar de forma ilegal no país.

Esse barco acabou ficando à deriva por 35 dias e os estrangeiros ficaram sem alimentação, incluindo água, desde o dia 14 de maio. No dia 19 eles foram encontrados na costa maranhense, nas proximidades da cidade de São José de Ribamar, por pescadores do estado do Ceará, que entraram em contato com a Capitânia dos Portos.

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