Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
A top model aranhense Bianca Klamt trafega por todos os caminhos e suas conquistas se manifestam em todos os pontos geográficos, como neste ensaio na ilha de Barbados, usando um prancha com as cores do Brasil para surfar no sonho verde e amarelo da torcida pela seleção brasileira na Copa do Mundo na Rússia, assim como milhares de outras beldades do mundo inteiro fazem pelas Seleções de seus países
A top model aranhense Bianca Klamt trafega por todos os caminhos e suas conquistas se manifestam em todos os pontos geográficos, como neste ensaio na ilha de Barbados, usando um prancha com as cores do Brasil para surfar no sonho verde e amarelo da torcida pela seleção brasileira na Copa do Mundo na Rússia, assim como milhares de outras beldades do mundo inteiro fazem pelas Seleções de seus países

Grande Arena Kazan
Inaugurado em 2013, a Arena Kazan, onde Brasil e Bélgica se enfrentam hoje à tarde em busca de vaga nas semifinais da Copa do Mundo da Rússia, pode receber até 45 mil torcedores.
O grandioso palco da partida entre a Seleção Canarinho e os “Diabos Vermelhos”
tem 70,3 mil metros quadrados e quase 50 metros de altura. A partida que define o futuro da Seleção será a última que o estádio
sediará neste Mundial.

Crueldade histórica
A Bélgica é o país do infame rei Leopoldo II, um dos assassinos mais cruéis da História.
Hitler era cruel por ideologia, Leopoldo II era cruel por dinheiro. Valendo-se de artifícios legais, ele tornou o Congo seu reino privado. Então, dedicou-se a explorar as riquezas locais, o ouro, os diamantes, a borracha, o marfim que era extraído dos infelizes elefantes.
Para levar adiante essas tarefas, o rei belga escravizou brutalmente a população congolesa. Quando os oficiais de Leopoldo II achavam que um homem estava trabalhando pouco, açoitavam-no. Quando ele reincidia no erro, amputavam, a golpes de facão, mãos e pés de seus filhos ou de sua mulher.

Crueldade histórica 2
Há centenas de fotos de congoleses sem mãos, ladeados por malditos verdugos belgas. Há uma especialmente triste: de um homem sentado na varanda de sua casa, contemplando as mãos decepadas de sua filhinha.
Causa ódio a memória desse rei Leopoldo II. É difícil encontrar um único povo do mundo que não tenha sua conta de maldades por causa de personagens nefastos, mas Leopoldo II ultrapassou os limites de um Hitler, de um Stálin, de um Mao.
Que o Brasil vingue os irmãos congoleses nesta sexta-feira!

Inglês para os belgas
A Bélgica, adversário que o Brasil enfrenta hoje, às 15h, é um país dois-em-um - e muitas vezes as duas partes não se entendem. O norte tem língua, cultura e arquitetura holandesas. No sul, o idioma e as referências são franceses.
Entre 2010 e 2011, por causa da falta de acordo entre uns e outros, o país ficou 541 dias sem governo.
Essa divisão se reflete no elenco. Na hora do hino, parte dos jogadores canta em francês, parte em flamengo (a variante local do holandês).
Como eles se entendem, portanto, em treinos e jogos? A solução é salomônica: o inglês foi adotado como idioma da seleção.

Neymar cirílico
É show de Sim, desta forma a imprensa russa está tratando o brasileiro que agora considera favorito a craque da Copa. Em Samara, depois da vitória sobre o México, jornais e emissoras de TV destacaram a atuação de Neymar.
Traduzindo com o aplicativo do celular, surgem palavras como “magia” e “espetacular” - se escreve no alfabeto cirílico, se você ficou curioso - para relatar o que o nosso camisa 10 fez na cidade.
O encantamento segue em Kazan. A expectativa é grande e, por causa do craque brasileiro, os telejornais falam muito no duelo.

Uma Torre de Babel
Maranhenses que estão na Rússia para o jogo de hoje contam que Kazan é uma bela cidade. A concentração é num calçadão onde desfilam, por 24 horas neste tempo de Copa do Mundo, milhares de pessoas. Os brasileiros invadiram essa área.
Os restaurantes estão superlotados, a confraternização entre todos é muito grande. Uma Torre de Babel está instalada ali. Uma cidade com grande influência muçulmana, pessoas bonitas e monumentos históricos em grande quantidade.
O Kremlin da cidade é gigantesco, assim como a mesquita que esta inserida nesse ambiente.

Gramado e filmes
O 46º Festival de Cinema de Gramado anunciou os curtas-metragens que vão disputar o Kikito. Foram selecionados 14 títulos, que serão projetados no Palácio dos Festivais durante o evento, de 17 e 25 de agosto.
Um deles é a produção maranhense Aquarela, de Thiago Kistenmacker e Al Danuzio.

TRIVIAL VARIADO
Mãe de Cristiano Ronaldo, Dolores Aveiro está no Brasil para acompanhar a inauguração do empreendimento da família em Gramado. A Casa Aveiro by Dolores abriu ontem em regime de soft open, aproveitando a alta temporada de inverno. Tem capacidade para 200 pessoas e vai gerar quase 50 empregos diretos.

Quem está na cidade é uma das figuras mais encantadoras que eu conheço: José de Sousa
Teixeira, que hoje mora no eixo Brasília-Paris. É sempre muito agradável dedicar nosso tempo para uma conversa com ele.

O plano contra a pobreza do governo francês depende do desempenho dos bleus na Rússia para ser lançado. A ideia era anunciá-lo em 10 de julho, mas como nesse dia a seleção pode disputar a semifinal, a ministra da Solidariedade, Agnès Buzyn, admitiu mudar a data.

Uribe e Bacca, que erraram os pênaltis da Colômbia na decisão contra a Inglaterra, receberam ameaças de morte nas redes sociais. O episódio lembrou o caso de Andrés Escobar, outro colombiano, assassinado em Medellín 10 dias depois de marcar um gol contra na Copa de 1994.

Ronaldo Fenômeno, Kaká e Carlos Alberto Parreira serão membros de um grupo de ex-jogadores e treinadores que escolherá os melhores do mundo do futebol em 2018. A Fifa anunciou ontem que o prêmio será anunciado em 24 de setembro, em Londres.

DE RELANCE

Futebol é Cultura
O futebol está arraigado na cultura do brasileiro. É um espetáculo que arrasta multidões aos estádios. É assunto antes, durante e depois das partidas e mobiliza muita gente. Se isto acontece com as paixões pelos clubes, de quatro em quatro anos se muda de mala e cuia para a Copa do Mundo. O Campeonato Mundial acaba por açambarcar o resto das pessoas que no dia a dia não dão muita bola para a prática do “esporte bretão”.

Futebol é Cultura 2
Esse interesse pelo futebol é somente pelo esporte? Claro que não. As pessoas se apaixonam por um clube porque suas memórias afetivas as fazem retroagir ao tempo em que alguém querido, de alguma forma, as ligou ao futebol. Nossa nostalgia nos remete aos bons momentos vividos com o futebol. A paixão não é pelo esporte e sim por um tempo que filtramos na memória e acabamos rotulando como os melhores de nossas vidas.

Futebol é Cultura 3
Se é assim, por que o futebol historicamente não é um bom subproduto comercial para a cultura? Refiro-me às inúmeras tentativas de transportar este tema para as telas, palcos e livros. Existem exceções honrosas, mas, em geral, o apaixonado por futebol não reconhece a mesma importância se este é retratado através de outra linguagem. Talvez seja um evento tão grandioso que se sustenta por si só, ou porque seja impossível atingir-se no cinema, teatro ou livro a emoção de uma fim de campeonato ou de um gol.

Futebol é Cultura 4
Não quero ser injusto e dizer que todas as tentativas de utilizar o futebol como protagonista ficcional de outra manifestação cultural tenham feito fracasso. Livros como À Sombra das Chuteiras Imortais, de Nelson Rodrigues, e Estrela Solitária, de Ruy Castro, são leituras obrigatórias para os apreciadores da literatura. No cinema fica mais difícil ainda. Enfim, acho que o futebol proporciona um espetáculo tão peculiar e emocionante que é muito difícil retratá-lo em outra linguagem, principalmente na ficção. De minha parte e por via das dúvidas, esta sexta-feira é sem livros, cinema ou teatro, afinal o Brasil disputa as quartas de final na
Copa do Mundo.

Um craque brasileiro
Único titular de Tite que atua no Brasil e apaixonado por carros nacionais antigos, Fagner dribla desconfiança, vence concorrência com Danilo e toma conta da lateral direita da Seleção na Copa. Ou seja, Fagner é um jogador nacional. O único titular com selo doméstico numa Seleção poliglota, em que o zagueiro concede entrevista em francês, o volante e o lateral-esquerdo falam espanhol com sotaque madrilenho, o ponta-direita e o centroavante mandam ver no inglês e, pasmem, há até quem se arrisca no mandarim e no russo. Fagner não. Vai no português.

Um craque brasileiro 2
Fagner é tão nacional quanto seus carros. Um importado? Não, nada disso. O lateral direito do Corinthians costuma ir aos treinos em seu Fusca 1994. Se a família vai junto, tira da garagem o Opalão 1978. Genuinamente brasileiros como os dois títulos que conquistou com o Corinthians, em 2015 e 2017.

Willian é amigo dos belgas
Um dos destaques da vitória do Brasil sobre o México, Willian se vê em evolução na Copa do Mundo da Rússia, assim com a Seleção. Agora, o desafio nas quartas de final será levar a melhor sobre a Bélgica do amigo Eden Hazard, hoje, em Kazan. O brasileiro elogia o adversário: “São vários jogadores que jogam na Premier League, alguns comigo no Chelsea. São grandes jogadores, com muita qualidade, e o Hazard é o principal deles. Courtois é um baita goleiro. Difícil achar um ponto fraco, é um goleiro muito alto, que sai bem. Vamos procurar a melhor maneira para atacar a Bélgica”.

Para escrever na pedra:
“Quem vive num labirinto tem fome de caminhos”. De Mia Couto, escritor e biólogo moçambicano.

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