SÃO LUÍS - Os bons resultados da Seleção Brasileira no Mundial da Rússia estão repercutindo, de forma positiva, no mercado informal ludovicense. O sucesso do escrete “canarinho” alavancou as vendas de camisas e outros artigos da seleção oferecidos comumente em rotatórias da capital maranhense. Em alguns casos, vendedores aperfeiçoam os serviços e oferecem formas alternativas de pagamento, como a quitação por cartão de débito e crédito.

Ainda de acordo com os vendedores, os negócios deverão se expandir até a primeira quinzena deste mês. Em determinados pontos, a comercialização de camisas aumentou em até 30% com as vitórias brasileiras em solo russo.

E a tendência é que, caso o Brasil passe pela Bélgica nesta sexta-feira (6), a saída de artigos deverá ser ainda maior.

Na rotatória do Olho d’Água, por exemplo, novos modelos de camisas chegaram esta semana. A principal escolha tem sido pela camisa da Seleção Brasileira, com predominância da cor azul. Os preços costumam variar entre R$ 50 e R$ 150. Apesar do sucesso dos negócios, a responsável pelas vendas preferiu não ser identificada. Ela teme ser retirada do local, já que, na visão da vendedora, está ocupando uma via pública. “Melhor não falar muito”, disse.

Ainda assim, ela confirmou que os negócios melhoraram nos últimos dias. “Quando vai chegando o dia do jogo, os negócios melhoram, sim”, disse. Ela confirmou ainda que usa uma máquina para passar cartões.
Segundo a vendedora, a medida foi um pedido dos clientes mais exigentes. “Quem não tem dinheiro vivo pode parcelar sua compra”, afirmou.

Na rotatória da Avenida dos Holandeses - em frente ao comando-geral da Polícia Militar do Maranhão (PMMA) -, O Estado encontrou o boliviano (nascido na cidade de Cochabamba) conhecido apenas como Vargas. Ele também disse que as vendas caminham bem. “Estamos vendendo muito bem”, disse.

Os clientes elogiam os produtos do boliviano e se dizem impressionados com a qualidade das confecções. “A camisa é bonita e também confortável, feita com materiais de boa qualidade”, disse Assis Cavalcante, empresário e fã da Seleção Brasileira.

“Ainda não havia comprado a minha, vamos estar na torcida amanhã [hoje] por uma vitória do time do Neymar”, afirmou.

Outro ponto
Na Avenida Marechal Castelo Branco, no São Francisco, há as camisas de “Seu Marrom”, como gosta de ser chamado pelos clientes e amigos. Com uma simpatia invejável, o vendedor atende cada cliente oferecendo o que há de melhor para o mercado “torcedor”, como ele mesmo define seu negócio.
“A gente também precisa aproveitar nessa hora para mexer com a paixão do torcedor e ganhar um extra”, disse.

Ele conta que nos dias alheios à Copa sobrevive apenas de bicos e que aproveitou esse momento para faturar e levar mais dinheiro para a família. “Tem muita gente que precisa de mim e não seria correto não aproveitar este momento”, frisou. Entre os produtos vendidos por ele, estão camisas, chapéus e até mesmo cornetas.

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