Resgate

Navio ''Open Arms'' chega a Barcelona com 60 migrantes

Navio Open Arms foi acolhido pelo governo espanhol após ser rejeitado pela Itália

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

ESPANHA - O navio humanitário "Open Arms" chegou ontem ao porto de Barcelona com 60 migrantes, entre eles cinco menores, resgatados à deriva no Mediterrâneo e acolhidos pelo governo espanhol, após serem rejeitados pela Itália.

Após quatro dias de travessia do Mediterrâneo central, o navio da ONG espanhola Proactiva Open Arms chegou às 6h (horário de Brasília) a este porto espanhol com 50 homens, cinco mulheres e cinco menores a bordo, entre eles três desacompanhados, de 14 nacionalidades distintas.

Esse desembarque acontece depois da midiatizada chegada do navio "Aquarius" a Valencia, em 17 de junho, com 630 migrantes a bordo, que também haviam sido rejeitados pela Itália. A situação se repetiu na semana passada com outra embarcação, fretada pela ONG alemã Lifeline, finalmente acolhida em Malta.

No caso de ontem, depois que chegarem ao porto de Barcelona, três equipes da Cruz Vermelha subirão a bordo para fazer uma primeira inspeção sanitária, informou um porta-voz da delegação na Catalunha do governo espanhol de Pedro Sánchez.

Depois, os passageiros deixarão a embarcação por ordem de vulnerabilidade, receberão uma segunda atenção médica mais exaustiva e serão identificados pela polícia antes de serem transferidos para os centros designados para sua acolhida, acrescentou.

Os migrantes "estão bem dentro de suas circunstâncias, não houve qualquer emergência médica grave, e estão contentes, porque foi dito a eles que o governo quer que eles venham aqui", disse à imprensa a chefe da missão da ONG Proactiva Open Arms, Anabel Montes.

Obstáculos

As ONGs de resgate no Mediterrâneo se depararam com vários problemas nas últimas semanas, especialmente após a posse do novo governo italiano com o líder de extrema direita Matteo Salvini como ministro do Interior.

Acusados por algumas instituições de favorecer a imigração irregular, a Proactiva Open Arms garante que o problema existe desde muito antes da presença desses navios no Mediterrâneo central.

"A diferença é que, quando estamos ali, chega mais gente viva à terra, porque nós os resgatamos. Quando não estamos lá, morrem", afirmou Montes.

Nos últimos cinco dias, houve três naufrágios na zona com quase 180 mortos, ou desaparecidos.

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