Mostra

Diversidade artística do MA em exposição na Casa Louvre

Ilustrações, pinturas e outras expressões artísticas estão reunidas na Casa Louvre, no Shopping São Luís, e integram acervo de artistas maranhenses

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Desenho feito apenas com a utilização de uma caneta esferográfica
Desenho feito apenas com a utilização de uma caneta esferográfica

SÃO LUÍS- A perfeição dos traços que fazem surgir o rosto do pintor Salvador Dalí atrai o olhar de quem passa por perto. Se ninguém revelar a técnica, difícil é imaginar – e acertar – o material utilizado pelo autor para retratar o artista. “Faço tudo com caneta, essa canetinha que a gente usa para escrever no dia a dia mesmo”, orgulha-se o desenhista maranhense Rafael Pereira. Além de Salvador Dalí, vários outros desenhos impressionantes - como o retrato do ícone do reggae mundial, Bob Marley - feitos por Rafael ganham a admiração de quem visita a Casa Louvre, local da exposição artística.

Além dos desenhos, a mostra de Design e Arquitetura abriu espaço para uma reunião do que há de mais inovador e criativo na arte contemporânea feita em São Luís. Gravuras, ilustrações em diversas plataformas, como canecas, bottons, camisas e até paredes, pinturas e várias outras expressões artísticas estão em exposição na mostra. A ideia da organização é promover um destaque e uma valorização contínua da arte e da cultura. “O que nós queremos é dar oportunidade a quem está cheio de ideias, além de incentivar o trabalho artístico local”, comentou a empresária Angélica Claudino, idealizadora da Casa Louvre.

Rafael Caldas faz desenhos com caneta esferográfica
Rafael Caldas faz desenhos com caneta esferográfica

Ao todo, trabalhos de 11 artistas compõem a mostra. Entre eles, as irmãs Mylla Moreira e Aline Moreira, que são jovens ilustradoras profissionais e, na companhia da mãe, Cléo Moreira, produzem arte há três anos. As produções são, geralmente, ilustrações que podem ser transferidas para qualquer superfície, como blocos de notas, bottons, quadros, entre outros. “Nós gostamos de colocar arte em tudo aquilo que as pessoas usam, queremos mostrar que a arte é para ser consumida por quem gosta, independente de classe social, por exemplo”, explicou Mylla Moreira.

Impossível parar diante da parede com as letras de Adriano Harley e não se sentir tocado. O artista de 21 anos trabalha com hand lettering, ou seja, ele não apenas escreve frases nas paredes, mas as desenha livremente, dando um toque pessoal em cada mensagem. Na mostra, a frase “Buy art from living artists” sugere que o público incentive o trabalho do artista. “As obras mais valiosas são, normalmente, as de artistas mortos, que não precisam mais desse dinheiro, mas nós, vivos, precisamos e esse é o nosso trabalho”, defende Harley.

Produções como as ilustrações da artista caçula da mostra, Eloisa Saraiva, de 17 anos, também carregam encantos ímpares. As porcelanas pintadas pela carioca Drica Paraíso, que vive em São Luís há dois anos, são de encher os olhos. Mas se a ideia for encher a pele com arte, a emoção fica a cargo da ilustradora e tatuadora profissional Brena Souza, que só tatua desenhos exclusivos e, por isso, jamais repete uma imagem no corpo de outra pessoa.

As ilustrações mais abstratas da exposição são assinadas pelo jovem estudante de Jornalismo, Miguel Alfe. “Minhas ilustrações têm o intuito de conduzir o espectador para uma viagem que ele nunca imaginou, a ideia é ousar, ser diferente”, revelou o artista gráfico. Muitas das ilustrações, gravuras e desenhos feitos pelos artistas convidados também podem ser usados de forma decorativa na ambientação de um espaço. O ilustrador Marcos Caldas, por exemplo, consegue projetar suas produções em quadros, camisas e pôsteres. “É interessante alguém ter em casa representações daquilo que gosta, do que curte”, indicou Marcos.

Marcos Caldas aposta em ilustrações
Marcos Caldas aposta em ilustrações

Casa Louvre
Aberta desde 25 de maio, a Casa Louvre reuniu 26 ambientes assinados por alguns dos mais renomados arquitetos e designers do Maranhão. Agora que chegou ao fim, a mostra quis encerrar com primor a temporada e, para isso, convidou os artistas para essa exposição.
“Agora, parte do que foi exposto deverá sair do espaço, porém temos a intenção de fazer encontros que valorizem a arte e a cultura com frequência regular aqui no Louvre. Este foi só o primeiro de muitos”, garantiu Angélica Claudino.

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