Alerta

Síndrome Respiratória registra 138 casos no Maranhão

Ao todo, foram 21 óbitos provocados pela SRAG no estado até o dia 25 do mês passado, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde

Daniel Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
(gripe)

SÃO LUÍS - A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrou mais 17 casos, no Maranhão. Ao todo, 138 já foram contabilizados no estado até o dia 25 de junho, de acordo com dados coletados pelo Ministério da Saúde (MS). A SRAG foi responsável por 21 óbitos só este ano no estado. A síndrome é causada pelos vírus da gripe A (H1N1), A (H3N2), A (não subtipado), Influenza B, Influenza C e por outros vírus respiratórios.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma complicação, um quadro de agravamento da síndrome gripal (SG), em que, além de apresentar os sintomas gripais como febre, tosse, dor de garganta, dor de cabeça ou no corpo, a pessoa passa a apresentar também dispneia ou desconforto respiratório, piora nas condições clínicas de doença de base e hipotensão em relação à pressão arterial habitual.

O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais e radiológicas. Tanto a SRAG quando a SG, podem ser causadas por diversos vírus respiratórios. Os mais comuns são o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza B e influenza A, com seus subtipos A Sazonal, A H1N1 e A H3.

Crianças, idosos, professores e gestantes são os públicos mais vulneráveis à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e devem tomar a vacina da gripe, que a forma mais eficaz de combater a gripe e a sua gravidade.

“A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRGA) é a gripe de forma grave. Além do paciente ter os mesmos sintomas de um simples resfriado, também sente dores no corpo, febre, indisposição e, principalmente, dificuldades respiratórias. Essa doença é causada principalmente pelo vírus influenza, que afeta os pulmões e os inflamam. O paciente deve procurar um médico o mais rápido possível para ser iniciado o tratamento. É uma síndrome pouco abordada, e as pessoas pensam que é apenas uma gripe, sem tanta gravidade. Não temos surto no Maranhão, mas deve-se ter cuidados”, explicou o pneumologista Pedro Springer, da Santa Casa de Misericórdia, em recente entrevista.

Diagnóstico
O diagnóstico é baseado nos sintomas e também por meio de exames de sangue e secreção respiratória. “Fazemos uma pesquisa de influenza, por meio das secreções respiratórias do paciente. Analisamos os sintomas, como dores no corpo e dificuldades respiratórias. Além disso, ainda usamos o oxímetro - um aparelho que mede a oxigenação no sangue. Doenças respiratórias podem baixar essa oxigenação”, ressaltou Springer a O Estado.

Tratamento

De acordo com o pneumologista, após a constatação da síndrome, o tratamento é realizado com Tamiflu. “Tamiflu reduz a proliferação dos vírus da gripe, influenza A e B, pela inibição da liberação de vírus de células já infectadas, inibição da entrada do vírus em células ainda não infectadas e inibição da propagação do vírus no organismo. Há redução da duração dos sinais e sintomas da gripe, da gravidade da doença e da incidência de complicações associadas à gripe. O tratamento deve ser iniciado dentro do primeiro ou segundo dia do aparecimento dos sintomas de gripe”, acrescentou Pedro Springer.

Números

138 casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram registrados este ano no Maranhão

21 óbitos só este ano no estado

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