Um desastre

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

A área da Saúde, sem dúvida, é uma das mais frágeis no governo de Flávio Dino (PCdoB). Todas as semanas existem denúncias de atraso de pagamento de salários - e com isso a ameaça de paralisação dos profissionais -, desrespeito às regras trabalhistas na relação conturbada da gestão com as Oscips, falta de medicamentos, material médico-hospitalar e estrutura física precária em unidades de saúde do Estado.
A mais recente informação ruim para quem precisa usar o serviço público de Saúde no Maranhão é a paralisação das atividades dos profissionais que atuam no Hospital Regional Materno Infantil, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Imperatriz e na Casa da Gestante.
Um documento encaminhado à Promotoria de Saúde daquele município comunica a paralisação de advertência, porque o governo não pagou ainda as verbas rescisórias de trabalhadores terceirizados da BioSaúde, mais uma Oscip problemática que prejudica os direitos dos trabalhadores e a gestão comunista finge não ser um problema do estado.
Outra informação que vem da Saúde é a estrutura deficiente do Hospital Carlos Macieira, em São Luís. Por meio das redes sociais, o ex-secretário de Saúde Ricardo Murad (PRP) vem mostrando que parte do forro da UTI da unidade caiu. Segundo Murad, o local teve de ser esvaziado às pressas.
O ex-secretário conseguiu resumir pelas redes a situação da Saúde no Maranhão: é o reflexo do desastroso governo de Flávio Dino.

Tem a corrupção
O que Ricardo Murad esqueceu de citar é que a situação desastrosa na Saúde do Maranhão é reflexo também de uma gestão cheia de suspeitas de corrupção.
Pelo menos é o que diz a Polícia Federal, que em duas operações constatou haver um esquema de desvio de verba pública na pasta.
Tanto com contratos com empresas de fachada quanto por meio de uma folha complementar de servidores que não trabalhavam em qualquer das unidades de saúde.

Exonerações
A pedido, dois líderes religiosos foram exonerados do cargo de capelão no governo de Flávio Dino. Eles faziam parte do universo de quase 60 capelães que o comunista nomeou em três anos.
Essas exonerações não deixarão Dino fora do alcance da Justiça Eleitoral pelo abuso cometido com tantas nomeações de capelães para o sistema de segurança, que tem uma relação clara com a troca de apoio político para as eleições.
Lembrando que existem representações que já tramitam na Justiça, acusando o comunista de abuso de poder político e religioso.

Jogo de cena
Não passou de jogo de cena do governador Flávio Dino quando alardeou na “Nova República do Maranhão” que não usaria a residência oficial no Palácio dos Leões por optar não ter privilégios.
Acontece que três anos e meio após assumir o comando do Estado, Dino teve de assumir que mentiu para a população quanto à abdicação dos privilégios.
Em comunicado oficial para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o comunista assumiu que desde 2015 mora no Palácio dos Leões, confirmando assim que a prática não acompanhou o discurso.

Relações
Pelo vídeo divulgado pelo prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PRB), fica claro que há uma relação estreita entre apoio político para a reeleição de Flávio Dino e as ações do governo em prol de Caxias.
Além de ser errado o uso da máquina para conseguir apoio eleitoral, Dino demonstra o quanto é incoerente em suas posições.
O comunista diz sempre que seu governo não faz distinção de cores partidárias na hora de apoiar as gestões municipais. O que, de fato, não é verdade. Basta perceber toda a história envolvendo Gentil e sua gestão em Caxias.

Quietos

O PT do Maranhão agora parece ter ficado mais calmo após duas semanas de pressão para conseguir espaço na chapa majoritária de Flávio Dino.
Os petistas, ao que parece, decidiram aguardar os próximos capítulos da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Somente após o resultado de mais um pedido de liberdade do ex-presidente é que os petistas voltarão a tocar no assunto. Dependendo do resultado, o PT estará em melhores condições de exigir os espaços almejados.

Também quietos
Quem também deixou de pressionar por espaços na chapa majoritária do comunista foram o DEM e o PP. Os dois partidos pararam de condicionar a aliança com o PCdoB ao espaço na majoritária.
O motivo é simples: ambos têm a promessa de que, se chegar à reeleição, serão dados mais espaços para as duas siglas na gestão.
Também estão postos na mesa de conversas os espaços de suplentes dos dois pré-candidatos ao Senado na chapa comunista.

DE OLHO

R$ 1,6 bilhão é o valor já pago, em 2018, pelo governo estadual, de parcelas de empréstimos contraídos na atual gestão.

E MAIS

• O PSL mantém conversas com o PRTB e o Podemos para fechar aliança para as eleições de outubro.

• O único problema para que essas alianças não tenham se fechado ainda é os candidatos a deputado federal que não querem aliança na proporcional com o Podemos.

• Isso porque o partido tem a candidatura à reeleição de Aluisio Mendes, considerado com mais condições de levar a vaga que a coligação poderá fazer.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.