Editorial

Ainda é o país do futebol

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

Se alguém tinha dúvidas de que o maranhense não se sentia motivado para torcer pela Seleção Brasileira, na Copa da Rússia, ao que parece esse pensamento está sendo dissipado pela vitória por 2 gols a zero contra a Seleção de Costa Rica, na última sexta-feira, 22. E amanhã, 27, tem mais, agora contra a “ parede” Sérvia. Haja coração!!!

Uma prova evidente dessa mudança de atitude é demonstrada pelo comércio lojista e pelos ambulantes espalhados pelas avenidas e rotatórias da cidade. Desde sábado, 23, as vendas cresceram para a alegria dos comerciantes. São camisas - principalmente de Philippe Coutinho e Neymar Jr - e bandeiras procuradas por adultos, jovens e crianças. Isso demonstra que o torcedor está deixando a desconfiança de lado, fortemente abalada pela derrota do Brasil ( 7 x 1) na Copa de 2014 para Alemanha, e começando a acreditar, pelo futebol ainda não tão convincente, de que a nossa Seleção poderá chegar à final da Copa da Rússia.

Com tantas conquistas, os brasileiros se tornaram o símbolo de um futebol mágico, que ainda amedronta os adversários. É bem verdade que esse, digamos assim, “medo” da Seleção Brasileira já foi muito maior. Não foi à toa que conquistamos esse respeito, afinal, conquistamos cinco copas: em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. A Seleção Canarinha é a única equipe a ter sucesso em se classificar para todas as competições da Copa do Mundo desde o início. Está sempre entre os times favoritos para ganhar um troféu.

É bom lembrar que o futebol é considerado uma manifestação cultural, que no Brasil se deu de uma forma mais abrangente e que conseguiu transformar esse esporte em uma característica do povo brasileiro. E mais: o futebol simboliza não só a harmonia racial, juventude, inovação e habilidade, mas tem um papel fundamental na construção da identidade nacional brasileira, na medida em que foi se transformando numa "paixão nacional”.

De alegrias e tristezas vive o futebol brasileiro. Amargamos também decepções que entraram para a história - em 1950, ao perder o título para o Uruguai em pleno Maracanã. O país estava sediando a Copa do Mundo e a final no novíssimo Maracanã lotado, com cerca de 200 mil pessoas. A Seleção Brasileira precisaria apenas de um empate, mais, infelizmente, os uruguaios foram os vencedores.

Mesmo após a derrota, os meios de comunicação passaram a acompanhar mais esse esporte, de uma forma que enaltecia os ídolos de cada time e divulgava as partidas e os campeonatos. O crescimento econômico, ocorrido na década de 50, é visto como um dos motivos para o crescimento do futebol. Nessa época, surgiram vários campos nas cidades e as pessoas puderam praticar o esporte em qualquer lugar

Em 1998, uma situação até hoje mal explicada acabou por eliminar o Brasil em outro Mundial. O time era o favorito e contava com o craque Ronaldo, mas, na grande final, o jogador promessa da seleção sofreu uma convulsão e todo o time entrou apagado em campo. A Itália venceu.

Esqueçamos. Vamos escrever uma nova história no futebol brasileiro nesta Copa, que só termina no dia 15 de julho - pouco menos de um mês.

E foi graças a Charles Miller, um brasileiro que estudava na Inglaterra e lá teve contato com o futebol e, em 1894, trouxe uma bola e um conjunto de regras para o Brasil, nos tornamos o país do futebol, com muito orgulho.

Assim como o carnaval e o samba, o futebol é um dos patrimônios culturais brasileiros. Olha o gol....olha o gol.....olha o gol !!!!

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