Eleições 2018

PSDB e MDB ainda trabalham por aliança no primeiro turno

Embora lideranças dos dois partidos neguem, namoro entre Alckmin e Meireles segue firme

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Geraldo Alckmin e Henrique Meireles: chapa
Geraldo Alckmin e Henrique Meireles: chapa (Geraldo Alckmin)

Segue cercado de cuidados o namoro entre o MDB e o PSDB para selar uma aliança na chapa majoritária ainda no primeiro turno. Ontem, diante das especulações de que os dois partidos estariam fechando acordo em prol da unidade de centro em torno do pré-candidato tucano à Presidência Geraldo Alckmin, lideranças de ambos os partidos trataram de negar a informação. Porém, segundo fontes ligadas aos dois lados, a consumação é uma questão de tempo.

O presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), que tinha encontro marcado para esta quinta-feira com o coordenador da campanha de Alckmin, Marconi Perillo, ex-governador de Goiás, buscou preservar a candidatura do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Emendo o diálogo e entendimento entre os partidos de centro e tenho a convicção que juntos levaremos o Meirelles para o segundo turno e depois para a vitória. O Brasil necessita disto. Temos que avançar”, disse em postagem no Twitter.

O ex-governador de São Paulo, por sua vez, negou, em sabatina na rádio Joven Pan, que suas negociações incluam o partido do presidente Michel Temer. “Nós temos aliança encaminhada com quatro partidos. Agora, com o MDB não tem conversa porque eles têm candidato”, afirmou Alckmin, referindo-se a Meirelles.

O encontro entre Jucá e Perillo só não se dará porque Temer adiou a visita que faria ontem aos refugiados venezuelanos abrigados em Roraima para a mesma quinta-feira. O senador está em plena campanha em seu estado e acompanhará Temer nas visitas aos abrigos.

Principal tutor de Meirelles no MDB, Jucá considera precipitada uma decisão, agora, sobre qual dos dois partidos abrirá mão da candidatura em benefício do outro. Se o nome de Meirelles não decola nas pesquisas eleitorais, o de Alckmin também não – esta é a avaliação. No entanto, integrantes do MDB indicam que o nome de Meirelles já começou a se desgastar até mesmo dentro do partido. Antes apontado como candidato do Planalto, o ex-ministro perdeu a simpatia de Temer ao dar sinais de que pretendia descolar a sua imagem do presidente, que entra para a história como o mais rejeitado pela população, com 82% de desaprovação.

De acordo com interlocutores tucanos, esta seria também a razão porque setores do partido de Alckmin não concordam com a aliança. Unido ao alto nível rejeição do presidente, está o fato de diversos integrantes do partido, incluindo o próprio Temer, terem seus nomes vinculados ao noticiário sobre corrupção, com alguns já presos.

A favor da aliança, estão os que veem na coligação a oportunidade de ganhar mais tempo no horário eleitoral no rádio e na TV e também a forte presença do MDB nos municípios. A previsão é de que no final de julho o namoro se consolide, com a vantagem pendendo para Alckmin, que tem mais bagagem política.

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