Editorial

Fiasco comunista na Barragem do Bacanga

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

Em reforma há quase dois anos, por ordem judicial - e não por boa vontade do Estado, como já tentou fazer crer o governador Flávio Dino (PCdoB), nas redes sociais -, a Barragem do Bacanga tornou-se centro das atenções, na manhã desta quarta-feira (20), após o rompimento da subadutora instalada em sua estrutura para levar água aos bairros da área Itaqui-Bacanga, à Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e ao Porto do Itaqui. O episódio escancarou, mais uma vez, a incompetência do governo comunista para executar obras complexas e desqualificou o discurso oficial que tenta atribuir virtudes à atual gestão, algo que não se confirma na prática.

Em vez de estar com sua funcionalidade otimizada pelo serviço em andamento desde a primeira metade do mandato de Flávio Dino, a Barragem do Bacanga terá que passar por reparos emergenciais. Resta saber até que ponto o incidente de hoje comprometerá a obra interminável realizada na estrutura, que já consumiu milhões de reais, sem a devida melhoria prevista.

Cidadãos que testemunharam o rompimento da subadutora assistiram, estarrecidos, ao enorme jato d’água jorrando da tubulação, se projetando para o alto e inundando a pista, uma cena melancólica, produzida pelo descaso e pela falta de aptidão para o cargo de um governante eleito à custa de um discurso que, passados quase três anos e meio, comprova-se ilusório.

Sobre a reforma da barragem, o que mais se viu, até o momento, foram tentativas de Flávio Dino de exaltar o feito como algo grandioso. Disposto, mais uma vez, a enganar o povo, ele propagou à sociedade a falsa informação (fake news) de que o serviço é resultado da sua iniciativa e competência. E, como sempre, não perdeu a oportunidade de atacar seus adversários políticos. Ao divulgar, em seu perfil pessoal no Instagram, a recuperação da Barragem do Bacanga, o comunista omitiu um dado que desmontaria sua farsa: a execução da obra foi determinada pela Justiça, que interviu na questão diante do risco de uma tragédia. A ordem judicial foi uma resposta a uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Maranhão.

O MP constatou, por meio de provas coletadas, que o lago Bacanga vinha sendo ponto de despejo contínuo de esgoto in natura e de lixo, o que causava a morte de diversas espécies de animais aquáticos por insuficiência de oxigênio e pelo acúmulo de matéria orgânica na superfície da estrutura, construída na década de 60 pelo então governador José Sarney. As sucessivas manifestações das comunidades temerosas diante da iminência de um colapso da barragem e a consequente inundação de casas de ribeirinhos, com saldo de milhares de desabrigados, principalmente no bairro Sá Viana, também sensibilizaram as autoridades judiciárias e os representantes do MP.

Obrigado pelo Judiciário a reformar a barragem, diante do risco de uma catástrofe, Flávio Dino, em vez de cumprir a decisão e afastar o perigo da população, buscou, a todo instante, se autopromover à custa do serviço. Mas, para seu desgosto, o rompimento da adutora reafirmou sua incompetência administrativa e o expôs, mais uma vez, ao ridículo.

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