Negativados

Empréstimo para negativados é saída para ‘limpar nome’

Pesquisa SPC Brasil/CNDL revela que 16% dos inadimplentes procuraram essa alternativa

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

Um levantamento feito em todas as capitais realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 16% dos consumidores que estão ou estiveram com o CPF restrito nos últimos 12 meses admitem ter procurado instituições financeiras que prestam esse tipo de serviço. O percentual sobe para 21% entre os consumidores inadimplentes das classes A e B.
Indagados sobre o porquê de terem contratado esse tipo de empréstimo, que de modo geral, não realiza consultas em serviços de proteção ao crédito, três em cada dez (29%) ouvidos disseram que era a única maneira que eles encontraram para quitar as dívidas. Outros 27% justificaram a rapidez do processo de limpar o nome, ao passo que 25% não conseguiram obter crédito em bancos convencionais.
“De olho nesse mercado de milhões de inadimplentes, muitos bancos e financeiras se especializaram em conceder crédito para quem está negativado. Como é um tipo de empréstimo concedido de forma ágil e que exige o mínimo de burocracia, os juros cobrados nessa modalidade costumam ser elevados, o que requer cuidado do consumidor, que na urgência de contrair uma dívida para quitar outra, pode se atrapalhar ainda mais e ver sua dívida se tornar praticamente impagável”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Propaganda
A propaganda na televisão, jornais e revistas foi a forma mais comum pela qual os entrevistados tomaram conhecimento desse tipo de serviço, opção mencionada por dois em cada dez (21%) consumidores que recorreram ao empréstimo para negativados. A internet serviu de fonte para outros 21% das pessoas ouvidas, seguida da indicação de amigos e parentes (17%) e panfletagem na rua (16%).
A internet também ganha protagonismo como meio para se obter empréstimos para negativados. Do total de consumidores que recorreram a esse instrumento, 26% o fizeram de forma online, sem a necessidade de ir até o local de atendimento da instituição. Outros 73% disseram ter contratado o serviço pessoalmente. O empréstimo pessoal foi a modalidade mais contratada (56%), seguida do empréstimo consignado (42%), que se diferencia dos demais ao descontar as parcelas automaticamente da folha de pagamento ou da aposentadoria.

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