Em busca de palanque

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

Em baixa nas pesquisas de intenção de votos, o candidato do PSDB a presidente da República, Geraldo Alckmin (SP), já cobrou do seu partido que monte palanques fortes nos estados - inclusive apoiando outras candidaturas - para viabilizar seu projeto nacional. O objetivo é fortalecê-lo e garantir um crescimento a ponto de ir para o segundo turno das eleições presidenciais.
Mas a candidatura de Alckmin carece de carisma e de apelo popular. Tanto que os principais veículos de comunicação do país dizem que o PSDB tem contratado claques para recebê-lo nos aeroportos, por falta de recepção espontânea na militância.
Esta falta de carisma e de desempenho nas pesquisas atinge também a candidatura estadual tucana. O senador Roberto Rocha apresenta índices sempre na casa de 1 dígito, considerado baixíssimo para um candidato com a estrutura partidária que ele representa. Pior: seus índices ficam atrás dos de outros dois candidatos - Roseana Sarney (MDB) e Eduardo Braide (PMN).
A longínqua quarta colocação de Rocha é ameaçada agora pela ex-prefeita Maura Jorge (PSL), que mostrou potencial de crescimento semana passada, com a vinda do presidenciável Jair Bolsonaro a São Luís.
Há tempos Alckmin tem tentado polarizar com Bolsonaro na tentativa de subir nas pesquisas. Seu candidato no Maranhão, ao contrário, articula uma aproximação de chapas com a candidata do adversário de Alckmin. E o tempo é curto para recuperações.

Petistas
O governador Flávio Dino tentou convencer os petistas maranhenses a aceitar indicar um suplente para a candidatura senatorial de Eliziane Gama (PPS).
O problema é que, além de o PT ter antipatia à deputada, o nome a ser escolhido teria que passar no crivo do próprio Dino.
Resultado: os membros do partido não-alinhados ao Palácio dos Leões querem agora que a cúpula nacional decida por candidatura própria no Maranhão.

Afastados
Desde que ganhou a Secretaria de Trabalho para o ex-prefeito de Dom Pedro, Hernando Macedo, a família Macedo se afastou do ex-governador José Reinaldo Tavares.
O empresário Dedé Macedo seria suplente da candidatura reinaldista ao Senado, mas recuou da decisão.
Mesmo porque nem o próprio Tavares tem convicção se será mesmo candidato em outubro.

Crise tucana I
O senador Roberto Rocha tenta forçar uma declaração pública do ex-governador José Reinaldo Tavares sobre sua situação de candidatura no PSDB.
Mas Tavares prefere silenciar em relação à pressão que o tucano vem dando para que ele declare apoio total à sua candidatura ao governo, em troca da candidatura ao Senado.
O ex-governador pretende, inclusive, conversar pessoalmente com o presidente nacional do PSDB, ex-governador Geraldo Alckimin.

Crise tucana II
Mesmo sem conseguir dobrar José Reinaldo, Roberto Rocha faz gestões para viabilizar seu companheiro de chapa.
E tenta arrancar um nome, inclusive, entre os que já estão em pauta como pré-candidatos a governador.
Em baixa nas pesquisas, no entanto, o candidato do PSDB não apresenta atrativos para a composição com nenhuma outra legenda.

Perna de pau
O governador Flávio Dino tentou fazer analogia do jogo do Brasil com a situação de Lula e foi mais uma vez ridicularizado nas redes sociais.
Para Dino, a suposta injustiça do juiz no jogo da Seleção com a Suíça pode ser comparada à prisão de Lula.
As críticas ao comunista - que demonstra tanto conhecimento das leis quanto de futebol - repercutiram nas redes.

Rei Pelé
A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) assistiu à estreia do Brasil na Copa do Mundo ao lado de familiares e amigos mais próximos.
Usou uma camisa retrô com dedicatória e autógrafo de ninguém menos que o Rei Pelé.
Para Roseana, o Brasil vai deslanchar nos próximos jogos e se classificar em primeiro lugar no grupo.

DE OLHO

R$7,5 milhões foi o valor pago pelo VLT de São Luís, em 2012, peça que voltou à tona ontem, com as carretas de propaganda do governo comunista de Flávio Dino.

E MAIS

• O primeiro dia para convenções partidárias que irão definir os candidatos às eleições de outubro acontece no mesmo dia da final da Copa, em 15 de julho.

• Pré-candidato a governador, o deputado estadual Eduardo Braide tem dito a amigos que o lançamento do seu nome é mais uma pressão do ex-governador José Reinaldo.

• O ex-senador e ex-deputado federal Chiquinho Escórcio está de volta ao Maranhão com documentos que podem ser traduzidos como “nitroglicerina pura”.

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