Editorial

Agropecuária: sustentáculo da economia brasileira

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

Não é de hoje que o setor agropecuário sustenta a economia brasileira. Mas no atual cenário de crise, mais do que nunca o Brasil está sendo “carregado” por essa importante atividade, que em 2017 foi responsável por 70% do crescimento do país.

Ano passado, o setor agropecuário cresceu 13% ante 2016 e garantiu o crescimento de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além de ser o setor que mais exporta, o modelo de negócio já é responsável por mais de 30% dos empregos em relação à População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil. O agronegócio engloba desde a produção de insumos até a sua comercialização.

O setor agropecuário é tão estratégico hoje para o país, que foi um dos mais prejudicados pela greve nacional de 10 dias dos caminhoneiros. O escoamento da produção agrícola foi prejudicado, resultando em desabastecimento nos supermercados e mercados de todo o país. Milhões de litros de leite que não puderam ser transportados e se estragaram foram jogados fora, como também milhares de pequenos animais (principalmente aves) morreram por falta de ração, que não chegou às indústrias para alimentá-los.

Mas, problema de paralisação à parte, o setor agropecuário vai se mantendo, ainda que tenha de conviver também situações outras, como as intercorrências climáticas (falta ou excesso de chuvas).

Os dados da nova estimativa da colheita de grãos de 2017/2018, divulgado recentemente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), reafirmam a importância do setor primário. O novo levantamento mostra que o país colherá 229,7 milhões de toneladas de grãos, segundo maior volume da história, para uma área plantada que se destaca na série histórica, totalizando 61,6 milhões de hectares.

A atual safra só não foi maior devido aos impactos climáticos no milho - segunda safra - por conta disso, houve uma queda de 2,9 milhões de toneladas de grãos em relação à safra anterior. E mesmo com perdas por causas climáticas, o milho e a soja confirmaram produtividade de 3.359 kg/ha, próxima do recorde anterior de 3.364 kg/ha. A soja chega a 118 milhões de toneladas e o milho a 85 milhões de toneladas.

Depois da soja e do milho, o algodão em pluma se destaca com aumento da produção, com volume de 1,9 milhão de toneladas, 28,1% a mais do que na safra anterior. O feijão segunda safra também mostra bom desempenho, com aumento de 10,9% e colheita de 1,3 milhão de toneladas.

O ganho não se dá apenas em volume, mas, também, em área plantada de grãos, que cresceu 1,1% - avanço de 693,2 mil ha em relação à safra passada. Na ordem crescente de ganho da área plantada, vem a soja, que sai de 33,9 para 35,1 milhões de ha e ganho absoluto de 1,2 milhão de hectares, o maior entre todas as culturas. Na sequência, vem o algodão, que alcançou 1,2 milhão de ha, com acréscimo de 236,9 mil ha; e o feijão segunda safra, com 1,5 milhão de ha, graças ao aumento de 121,5 mil ha.

Os números apresentados só reforçam o quão o Brasil tem na agropecuária uma vocação e sustentáculo de sua economia.

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