Grãos

Estado deve colher 5,3 mi de toneladas de grãos

Levantamento da Conab afirma que volume representa aumento de 12,5% em comparação à safra passada, quando foram produzidos 4,7 milhões de toneladas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Cerca de 90% da área semeada de soja na região Sul do Maranhão já tinha sido colhida
Cerca de 90% da área semeada de soja na região Sul do Maranhão já tinha sido colhida

O nono levantamento da safra brasileira de grãos divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que o Maranhão colherá 5,3 milhões de toneladas de soja, milho, arroz, feição e algodão. O volume representa aumento de 12,5% em comparação à safra passada, quando foram produzidos 4,7 milhões de toneladas, ou seja, um acréscimo de quase 600 mil toneladas.

Os dados da Conab mostram que o desempenho positivo da agricultura maranhense em relação a grãos decorre do aumento na área plantada - saltou de 1,564 milhão de hectares (ha) plantados para 1,707 milhão de hectares - e da produtividade, que cresceu 3,1%, alcançando 3.155 kg/ha.

Ente os cinco grãos acompanhados pela Conab, evidencia-se a produção expressiva de soja, atingindo 2,9 milhões de toneladas, volume 18,5% superior ao produzido na safra 2016/17, reflexo da obtenção de rendimento médio de 3.110 kg/ há, o que confirma, de certo modo, as sucessivas previsões dos levantamentos anteriores, sobretudo quanto às condições climáticas favoráveis à cultura.

No momento do levantamento em campo, cerca de 90% da área semeada já tinha sido colhida. A área cultivada com essa oleaginosa deve atingir a expressiva marca de 942,5 mil hectares, o que representa um aumento de 14,7% em relação à safra anterior, que foi de 821,7 mil hectares.

A produção de milho deve ultrapassar o volume de 2 milhões de toneladas este ano no estado, conforme a previsão do nono levantamento de safra da Conab. Isso significa um pequeno acréscimo de 3,6% em comparação à safra passada, quando se colher 1,9 milhão de toneladas.

O desempenho da lavoura só não foi melhor, porque o período de semeadura do cereal foi realizado, em sua grande maioria, nos limites máximos da “janela” de plantio, fazendo com que a cultura fosse submetida a condições climáticas adversas, especialmente a um rigoroso estresse hídrico nos últimos meses.

De acordo com a Conab, dois fatores foram preponderantes para a forte redução de produtividade. O primeiro foi o excesso de chuva no período da colheita da soja, o que provocou atraso nesse processo em muitas áreas.

Como o milho é plantado basicamente em sucessão à soja nessas áreas, acabou por atrasar o plantio e os produtores, por apostarem em um período chuvoso mais prolongado, estenderam as operações de plantio do milho até abril, visto que a “janela” ideal de plantio do milho segunda safra para o estado é entre 20 de fevereiro e 15 de março.

Arroz

Terceiro grão mais importante para o estado, o arroz teve uma retomada. A previsão é que sejam colhidas 320 mil toneladas, contra as 255,9 mil toneladas da safra passada, o que corresponde a um incremento de 25%, devido ao aumento da área plantada e da produtividade. Ainda assim, o Maranhão continua como quinto maior produtor de arroz no país - nos últimos anos perdia apenas para Rio Grande do Sul e Santa Catarina, agora também estão á frente Mato Grosso e Tocantins.

A produção de algodão em caroço no estado é estimada em 93,3 mil toneladas, um aumento de 5,9% em comparação à safra anterior. Com uma área praticamente igual a do ano anterior, a produtividade em alta de 6,9% fez a diferença no volume final previsto de colheita desse grão.

Já o aumento tímido da área plantada (3,1%) e da produtividade (0,5%) revelam que a cultura de feijão pouco avançou no estado na atual safra. A produção estimada é de 58,7 mil toneladas, duas mil toneladas a mais que na safra anterior.

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