Feminicídio

Este ano, 21 crimes de feminicídio já foram registrados no estado

Três casos ocorreram este mês em menos de uma semana e o último, em Codó, no domingo, quando uma mulher foi morta pelo companheiro, em um bar

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Concilma Muniz da Silva que foi morta pelo companheiro em Codó
Concilma Muniz da Silva que foi morta pelo companheiro em Codó (Concilma)

SÃO LUÍS - Vinte e um de crimes de feminicídio já ocorreram este ano no Maranhão, segundo dados do Departamento de Feminicídio, órgão ligado a Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP). Os números são considerados altos e preocupam as autoridades policiais. Em todo o ano passado foram 50 casos no estado.

Os três últimos crimes de feminicídios foram registrados este mês, em menos de uma semana. O último ocorreu na cidade de Codó, na noite de domingo, 10, e teve como vítima a técnica de enfermagem, Concilma Muniz da Silva, de 38 anos. A delegada Viviane Azambuja, informou que o assassinato de Concilma Muniz está sendo investigado pela Delegacia Especial da Mulher de Codó.

A vítima tinha uma relação conturba com o acusado, Francisco Pereira da Silva, o Pithico, e na noite de domingo, o casal estava ingerindo bebida alcoólica em um bar, no centro de Codó, quando se desentenderam.

Durante a discussão, Pithico desferiu sete golpes de faca na vítima e logo depois fugiu do local. A mulher ainda foi levada para o Hospital Municipal de Codó, mas morreu antes de ser submetida a tratamento cirúrgico. Uma das facadas teria atingido o abdômen da vítima.

O corpo de Concilma Muniz foi autopsiado e liberado para os familiares. A polícia está realizando buscas na região, mas até a noite de ontem não havia conseguido prender o suspeito.

Mais ocorrências

A delegada Viviane Azambuja declarou, ontem, que a pistola utilizada na morte de Marcele Cardoso da Silva, assim como os celulares e os projéteis retirados do corpo dela e do sargento da Polícia Militar, Marcos Vinícius Gomes Costa, foram enviados ao Instituto de Criminalística (Icrim), no Bacanga, para serem periciados. “A polícia vai aguardar o resultado dos exames periciais, que são de suma importância para a conclusão do inquérito”, disse a delegada.

Segundo a delegada, Marcele Cardoso era namorada do policial militar e na noite de quarta-feira, 6, foi convidada pelo militar para um encontro na residência de sua mãe, no bairro da Cohab, e no dia seguinte foram encontrados mortos em um dos quartos. Eles apresentavam marcas de bala na cabeça.

A polícia também está investigando um outro caso de feminicídio ocorrido na cidade de Imperatriz. Segundo a polícia, Gabriel Everton Fontes da Silva, de 19 anos, é o principal acusado de ter assassinado a golpe de faca a ex-namorada, uma adolescente, de 16 anos. Ela estava desaparecida desde o último dia 3 e o seu corpo foi encontrado na quinta-feira, 7, em uma cova rasa, às margens do rio Cacau.

O delegado Eduardo Galvão, da regional de Imperatriz, declarou que Gabriel Everton foi preso ainda no dia 7 e conduzido para a unidade prisional. “As imagens são muito claras. Não há dúvida de que ele é o autor do crime”, afirmou o delegado.

Entenda

Casos de feminicídios este mês no estado

Imperatriz - A adolescente estava desaparecida desde o último dia 3 e foi encontrada morta na quinta-feira, 7, em Imperatriz. O principal acusado desse crime é o namorado da vítima, que está preso.

São Luís - O sargento Marcos Gomes matou a ex-namorada Marcele Cardoso, e logo após se matou, na Cohab, no dia 6.

Codó - A técnica de enfermagem Concilma Muniz foi morta a golpes de faca pelo namorado, Francisco Pereira, durante discussão em bar, no dia 10.

Números

21

é o número de feminicídios registrados este ano no Maranhão; os três últimos ocorreram este mês, em menos de uma semana.

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