Vai apostar?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

Serão cerca de 40 dias até o prazo para início das convenções partidárias que definirão a escolha das chapas majoritárias para as eleições de 2018. Em matemática simples, os partidos como o MDB e o PSDB estão, teoricamente, em situações confortáveis para o pleito por terem já os aliados contemplados e organizados na chapa majoritária.
Já no PCdoB, por exemplo, ainda há muita equação para resolver a composição na chapa principal que disputará o pleito de outubro deste ano.
O principal problema de Flávio Dino (PCdoB) para a composição de sua chapa majoritária é o PT. O partido quer porque quer espaço na chapa de Dino seja para vice-governador ou para senador. E tem demonstrando isto nas últimas semanas, principalmente, com as manifestações do preterido por Dino, Márcio Jardim, pré-candidato ao Senado pelo PT, que vem usando as redes sociais para ganhar espaço e pressionar o comunista a ceder local na chapa majoritária.
Além de Jardim, quase todo o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Maranhão tenta compor com Dino, mas força o espaço na majoritária. Alguns comandantes da legenda pensam que não precisam de espaço algum na chapa majoritária. Mas há quem proteste e diga que sem este espaço, o PT deve ficar de fora da aliança com o comunista.
Mas na verdade, tantos os petistas quanto Flávio Dino - que tenta manter o PT como mero coadjuvante neste processo eleitoral do Maranhão - sabem que a decisão será dada pela direção nacional da sigla. E neste aspecto, o governador do Maranhão não tem a vantagem que pensa ter por ter em seus quadros de auxiliares o presidente estadual do PT, Augusto Lobato.
Para a direção nacional, Dino não faz questão da aliança do PT porque quer impor a candidatura de Eliziane Gama (PPS) ao Senado - figura que tem total antipatia do PT devido ao voto no impeachment de Dilma Rousseff e também devido à CPI da Petrobras - e não quer discutir com o partido espaços na chapa majoritária mesmo sendo o PT o partido que pode garantir maior tempo de propaganda no período eleitoral.
Devido a isto, os petistas que estão contra a aliança com Dino e os que querem espaço na majoritária apostam que o comunista perderá o apoio do PT por pura inabilidade política.
O tempo vem passando e o PT terá até o fim do próximo mês para definir sua estratégia. Basta aguardar a cena dos próximos capítulos das negociações do ex-presidente Lula e o reflexo desta influência do petista no Maranhão.

Novo sentimento
As reclamações de Flávio Dino e suas atitudes autoritárias vem fazendo crescer dentro do PT o sentimento de sair solitário na disputa eleitoral deste ano.
Este sentimento ainda não avançou totalmente devido a posição dos detentores de mandato eletivo como Zé Carlos na Câmara Federal e Zé Inácio na Assembleia Legislativa.
Nos dois casos, os parlamentares se preocupam somente com as promessas feitas por Dino que poderão levar os Zés a uma vitória em outubro.

Mudanças
E falando em PT, o partido ainda vai demorar para definir o caminho que seguirá em 2018 no Maranhão.
O calendário que estava valendo até há duas semanas previa a realização de encontros estaduais logo no inicio de junho.
Depois de tantos impasses nos estados, a direção nacional modificou o calendário e deixou as reuniões estaduais para o fim de julho, já próximo às convenções.

Calendário
Na próxima semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai divulgar o montante de recursos disponíveis no Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
Esta divulgação do valor corresponde ao prazo-limite para o depósito pelo Tesouro Nacional, no Banco do Brasil, até 1º de junho de 2018.
Pela previsão, o PT, MDB e PSDB perderam após os ajustes feitos na lei eleitoral pelo Congresso Nacional para a distribuição da verba destinada às legendas.

Interferência
No Maranhão, a situação nacional que poderá interferir na disputa local não se resume somente ao PT e a forte influência de Lula no estado.
O PSDB e o PSL são vistos como problemas certos que o grupo de Flávio Dino terão que enfrentar durante o período de campanha.
No caso dos tucanos, a competitividade do presidenciável Geraldo Alckmin é um problema na aliança com Roberto Rocha que poderá crescer nas pesquisas se tornando a chamada terceira via.

Aposta
Já o PSL do Maranhão sonha com o crescimento de sua pré-candidata ao governo, Maura Jorge, que seria resultado de uma influência direta do pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonoaro.
Bolsonaro vem se destacando nas pesquisas de intenção de votos ficando em primeiro lugar quando é descartada a candidatura do ex-presidente Lula.
Maura Jorge vem investindo nesta popularidade do presidenciável tanto que tem trabalhado para buscar uma manifestação popular para apoiar a chegada de Bolsonaro no Maranhão.

Soltando o verbo
Um líder do PCdoB em Santa Luzia decidiu abrir a boca e cobrar ações do governo Flávio Dino na cidade.
Em vídeo endereçado ao governador, o comunista Ló disse que o município ainda aguarda o “trabalho” do chefe do Executivo chegar por lá.
“Nós estamos precisando muito de você na Santa Luzia, nós estamos precisando do seu trabalho, que ainda não apareceu um trabalho seu lá. Demos uma contabilidade grande de votos para você. Nós estamos esperando você fazer alguma coisa por nós. Nós merecemos”, declarou.

DE OLHO

R$ 280 mil é o valor pago à banda Aviões do Forró pelo governo estadual para a festa de aniversário da cidade de Açailândia, que ocorreu dia 5 de junho.

E MAIS

• Como já anunciado, o PSOL e o PCB oficializaram em encontro partidário a candidatura de Odívio Neto para governador do Maranhão.

• Esta semana, o pré-candidato ao Senado pelo PSDB, Zé Reinaldo Tavares, deverá encontrar-se com a direção da sigla no Maranhão para definir rumos.

• Isto significa que Tavares poderá ter problemas reais em sua sonhada candidatura a senador caso não mude de ideia quanto ao apoio da ainda virtual candidatura de Eduardo Braide (PMN) ao governo.

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