Compromisso

May diz a Netanyahu que Reino Unido mantém acordo com Irã

Premiê disse ontem que o seu governo seguirá "comprometido" com o pacto multilateral, que os Estados Unidos abandonaram, "enquanto o Irã cumprir com suas obrigações", conforme foi atestado pela Agência Internacional de Energia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Theresa May disse ontem que o Reino Unido continua apoiando acordo nuclear com o Irã
Theresa May disse ontem que o Reino Unido continua apoiando acordo nuclear com o Irã (Theresa May disse ontem que o Reino Unido continua apoiando acordo nuclear com o Irã)

LONDRES - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, declarou ontem ao premiê israelense, Benjamin Netanyahu, que o Reino Unido continua apoiando o acordo nuclear com o Irã de 2015 como "o melhor caminho" para prevenir que a República Islâmica desenvolva um arsenal nuclear.

"Junto com Alemanha e França, o Reino Unido segue acreditando que (o acordo) é a melhor rota para prevenir que o Irã adquira uma arma nuclear", afirmou May após receber o premiê israelense em sua residência oficial em Downing Street.

May disse que seu governo seguirá "comprometido" com o pacto multilateral, que os Estados Unidos abandonaram, "enquanto o Irã cumprir com suas obrigações", o que, por enquanto, a República Islâmica está fazendo, segundo certificou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

A chefe do governo britânico reconheceu que "há outros assuntos que devem ser abordados em relação com o Irã, como sua atividade desestabilizadora em países como Síria e Iêmen e a proliferação de mísseis balísticos".

May também manifestou a Netanyahu a "preocupação" de seu governo "pela perda de vidas palestinas" durante os protestos recentes na Faixa de Gaza, nos quais morreram 110 palestinos entre 30 de março e 15 de maio por disparos do Exército israelense.

Armas nucleares

O primeiro-ministro de Israel, por sua vez, disse que sua prioridade é que Teerã não consiga obter armas nucleares e "como reverter a agressão do Irã na região" do Oriente Médio. "Acho que podemos trabalhar juntos para conseguir esses objetivos", garantiu Netanyahu, que insistiu que os palestinos mortos foram "pagos e recrutados pelo (grupo islamita) Hamas", que controla a Faixa de Gaza.

Netanyahu conclui em Londres um giro pela Europa que o levou anteriormente à Alemanha e à França, onde se reuniu com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente francês, Emmanuel Macron. Na segunda-feira em Berlim, Merkel confirmou que seu país seguirá vinculado ao acordo nuclear internacional com Irã, mas mostrou compreensão pela "preocupação" de Israel em relação às atividades iranianas no Oriente Médio.

Macron manteve uma postura similar na terça-feira, 5, ao assinalar que o pacto com Teerã é necessário, mas pode ser melhorado.

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