Eleições 2018

Flávio Rocha lança pré-candidatura à presidência e promete “privatização radical”

Ex-presidente das lojas Riachuelo diz que privatizações atingirão até a Petrobras

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Flávio Rocha é candidato a presidente da República
Flávio Rocha é candidato a presidente da República (Flávio Rocha)

Brasília - Flávio Rocha (PRB), ex-presidente do grupo que controla as lojas Riachuelo, participou de um evento na Câmara em que lançou aos parlamentares seu nome como pré-candidato à Presidência. Diretamente ligado ao setor empresarial, prometeu defender a "privatização radical" em eventual governo, inclusive da Petrobras. Após evento com cerca de 30 pessoas, Rocha desconversou sobre abdicar da corrida presidencial em prol de uma candidatura única de centro.

A venda da Petrobras, argumenta o empresário, "vai evitar a ineficiência do monopólio estatal" e, assim, criará condições para a concorrência no mercado. É esse cenário que permitirá combustíveis mais baratos, disse, ao classificar como "justa" a reclamação dos caminhoneiros sobre o preço do diesel. Rocha defende que a venda de estatais permitirá "reduzir bastante" o tamanho do Estado que consome o equivalente a quase metade do tamanho da economia brasileira.

Para o empresário, seria possível reduzir o Estado para algo entre 20% e 25% do Produto Interno Bruto (PIB). "O Brasil não consegue bancar um Estado que é metade do tamanho da economia". Ele cita também que a possibilidade de vender empresas públicas renderia US$ 600 bilhões a US$ 700 bilhões aos cofres públicos e que esse dinheiro seria gasto com quem "realmente precisa".

O discurso de Rocha usa como principal argumento que esse movimento representa 98% da população que paga impostos em contraponto aos 2% restantes que, segundo o presidenciável, seria privilegiada pela máquina pública. "As decisões do Estado devem ser em função do que é melhor para o aluno da rede pública, para o paciente do hospital e não para as corporações", defendeu. Para além da privatização e redução do tamanho do Estado, o empresário ligado ao PRB defende a adoção de uma programação orçamentária com base zero, a reforma da Previdência e o redesenho do Estado, o que permitiria destinar mais recursos para a saúde, educação, Justiça e polícia, diz ele.

A solenidade na Câmara lançou a Frente Parlamentar Brasil 200, grupo de empresários que defende um Estado enxuto e sem burocracias. Rocha é um dos fundadores do grupo. A frente mista contou com mais de 230 assinaturas, entre deputados e senadores. Entre os parlamentares que participaram da solenidade, estavam o vice-líder do governo, deputado Darcísio Perondi (MDB-RS), além dos deputados Jerônimo Goergen (PP-RS), que é o presidente da frente, Índio da Costa (PSD-RJ), Lelo Coimbra (MDB-ES) e Celso Russomanno (PRB-SP), e o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ). O ex-ministro da Indústria e Comércio Marcos Pereira, presidente licenciado do PRB, também estava presente.

Mais
Entre os empresários que foram apoiar a frente e a pré-candidatura de Rocha, estavam Edgard Corona, dono da marca de academias Smartfit, Sebastião Bonfim, dono da rede de calçados Centauro, e João Appolinario, presidente e fundador da Polishop.

Presidente do Sebrae silencia

sobre candidatura pelo PSD

Guilherme Afif diz que pretende disputar nas convenções a vaga de candidato a presidente

Brasília – O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, divulgou uma nota ontem na qual informou ter se licenciado do cargo para tentar ser o candidato do PSD à Presidência da República nas eleições deste ano.

Ex-vice governador de São Paulo, Afif foi ministro da Micro e Pequena Empresa no governo Dilma Rousseff e estava na presidência do Sebrae desde 2015.

De acordo com a assessoria do Sebrae, Heloisa Menezes responderá pela presidência da instituição de forma interina. Heloisa é diretora técnica do Sebrae.

Guilherme Afif afirma na nota divulgada nesta quarta que se licenciou do Sebrae em respeito à legislação eleitoral.

“Como um dos fundadores do PSD, pretendo disputar a convenção do partido que irá escolher o candidato à Presidência da República, em data ainda a ser definida”, diz Afif na nota.

A candidatura de Afif, porém, não é consenso no PSD. O próprio presidente da legenda, o ministro Gilberto Kassab (Comunicações), já declarou que a tendência do partido é se aliar à candidatura de Alckmin. As convenções partidárias ocorrem de 20 de julho a 5 de agosto.

Em 1989, ele concorreu à Presidência. Naquele ano, Fernando Collor venceu o pleito, derrotando Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno.

Outros nomes

Diversos partidos já anunciaram os pré-candidatos à Presidência. O PT, por exemplo, já lançou o nome de Lula. O PDT, por sua vez, anunciou Ciro Gomes. No MDB, o pré-candidato é Henrique Meireles e, no DEM, Rodrigo Maia.

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