O senador da República e pré-candidato ao Governo do Maranhão, Roberto Rocha (PSDB), afirmou no último fim de semana, durante entrevista concedida a uma rádio do interior do estado, que pretende polarizar a disputa eleitoral com a também pré-candidata e ex-governadora do estado, Roseana Sarney (MDB).

Ele explicou que o fato de Flávio Dino estar à frente do Palácio dos Leões no ano eleitoral, já consolida naturalmente o comunista, com percentual mínimo de votos para a disputa do segundo turno.

Por isso a corrida em busca da polarização da disputa com Roseana, considerada a principal adversária de Dino para a eleição de outubro.

“Ele [Flávio Dino] tem 30% dos votos por conta de ser o governador e estará no segundo turno. Mas, sem o Palácio dos Leões, ele não chegaria nem ao segundo turno. Por conta disso, a minha adversária nessa primeira eleição é a ex-governadora Roseana”, admitiu.

Roberto também analisou o atual cenário e considerou o panorama negativo a Flávio Dino.
“Tem que melhorar muito para ser considerado um governo ruim”, resumiu.

Roberto Rocha conseguiu “arrancar” o PSDB da base de apoio a Dino e consolidou-se para a disputa eleitoral.

Com a tomada de partido, aliados de Dino foram obrigados a migrar para outras siglas. O vice-governador do estado, Carlos Brandão e o deputado estadual Neto Evangelista, por exemplo, que atuava como secretário de Estado de Desenvolvimento Social, foram alguns dos dissidentes.

Consolidada – Já a ex-governadora Roseana Sarney, conta com o apoio de pelo menos seis partidos políticos para a disputa das eleições de outubro.

Bem posicionada nas pesquisas de intenções de votos, a emedebista reúne em torno de si os principais nomes de oposição no Legislativo Estadual.

Roseana confirmou em ato político concorrido, no mês passado, a sua pré-candidatura ao Governo do Estado. A emedebista ainda discute a formação de chapa e busca a aproximação de outras legendas ao seu projeto.

Flávio Dino, por outro lado, segue com o maior número de siglas para a disputa. Apesar disso, ele enfrenta forte crise institucional no Executivo, sobretudo nos setores de Segurança Pública e na Saúde.

Roberto Rocha e Zé Reinaldo próximos de um rompimento

O senador Roberto Rocha e deputado federal José Reinaldo Tavares abriram forte crise no PSDB. Rocha tem demonstrado insatisfação com a proximidade e o apoio de Zé Reinaldo à pré-candidatura do deputado estadual Eduardo Braide (PMN), por isso o afastamento.

No último fim de semana, Tavares, que é pré-candidato a senador pela sigla, não integrou a agenda de Roberto Rocha, em Alcântara.

A caravana tucana contou com a participação do também pré-candidato a senador Alexandre Almeida e do deputado federal Waldir Maranhão – que ainda alimenta o sonho de ser candidato a senador pela legenda.

A O Estado, o ex-governador disse que até a próxima sexta-feira, 8, estará em outras atividades. Foi a justificativa para não ter participado do encontro com Rocha. “Estou em outra programação até sexta-feira”, declarou.

A ausência dele na agenda de Rocha, no entanto, chama atenção justamente por causa da crise interna vivida pelos tucanos.

Na semana passada o secretário-geral da sigla, Sebastião Madeira, enquadrou José Reinaldo Tavares - e ameaçou o parlamentar até de expulsão do partido -, depois de ele insistir no apoio à pré-candidatura do deputado Eduardo Braide, do PMN, ao Governo do Estado. Ex-prefeito de Imperatriz, Madeira também criticou Tavares.

O ex-governador, contudo, segue costurando apoio e sustentação a Braide.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.