O dólar opera em baixa no mercado local na manhã desta segunda-feira, 4, reagindo a um movimento de realização de ganhos recentes induzido pela desvalorização hoje da moeda americana no exterior. Ante o real, o dólar acumulava alta de 6,70% nos últimos 30 dias, diante do fortalecimento externo da divisa americana, em meio a apostas crescentes de quatro altas de juros nos EUA este ano após os dados mais fortes do que o esperado do mercado de trabalho americano.
Nesta segunda, com a menor tensão política na Itália e Espanha, os investidores globais reduzem posições de proteção na moeda dos Estados Unidos, enquanto o juro da T-Note 10 anos rondava 2,90% e os futuros de Nova York subiam há pouco. A queda do petróleo beneficia ainda ações de empresas aéreas na Europa.
Internamente, apesar da abertura em baixa do dólar acompanhando o exterior, o diretor da Correparti Jefferson Rugik não descarta uma semana de intensa volatilidade no mercado cambial, em função da performance da Petrobras nas bolsas, com o governo já estudando mudanças no preço da gasolina.
A ideia do Planalto é criar uma espécie de "seguro", no qual o governo estima um valor médio para a cotação do barril de petróleo e, a partir daí, entra em cena um regime diferenciado de tributação, que faz compensações de acordo com a variação do preço estipulado para o produto.
Para que esse modelo funcione, a equipe de Michel Temer tentará fazer um acordo com os governadores, na tentativa de que todos reduzam a carga do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o preço final para o consumidor. O Planalto se refere ao tema como "plano de transição", para ser ou não referendado pelo próximo presidente da República.
No câmbio, o Banco Central realiza leilão extra de US$ 750 milhões em swap cambial (9h30) e uma operação de rolagem do vencimento de swap de julho, com oferta de 8.800 contratos (US$ 440,0 milhões) às 11h30.
Às 9h29 desta segunda, o dólar à vista caía 0,64%, aos R$ 3,7368 O dólar futuro para julho recuava 0,73%, aos R$ 3,7475.
Na pesquisa Focus, do Banco Central, os economistas elevaram a projeção de inflação e do dólar deste ano, mas reduziram expectativas de crescimento do País. O câmbio para fim de 2018 sobe de R$ 3,48 para R$ 3,50; com câmbio médio avançando de R$ 3,46 para R$ 3,49. Para fim de 2019, a taxa de câmbio subiu de R$ 3,47 para R$ 3,50, com câmbio médio passando de R$ 3,40 para R$ 3,45.
Para a inflação, o IPCA para 2018 avançou de 3,60% para 3,65% e a alta do PIB, caiu de 2,37% para 2,18%. Para 2019, o IPCA elevou-se de 4,00% para 4,01%, enquanto a alta do PIB estimada seguiu em 3,00%.
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