Apesar do feriado prolongado para repartições públicas, a movimentação nas praias de São Luís esteve fraca durante a manhã de ontem. Proprietários de restaurantes esperam que a movimentação melhore nos próximos dias do fim de semana, mas temem desfalque nos pratos oferecidos, devido à crise no abastecimento causado pela paralisação dos caminhoneiros.

A expectativa de Maria do Socorro Everton, proprietária de um restaurante na Praia do Calhau, na Avenida Litorânea, é de que nesses próximos dias do prolongamento do feriado, o fluxo de pessoas aumente na área, que é uma das mais movimentadas da cidade, mas se preocupa com a falta de ingredientes importantes para o cardápio.

"Nós estamos com a expectativa de que vai melhorar o movimento, agora com essa greve aí, tá faltando fruta, verdura. Hoje não achamos tomate na feira nem no supermercado. Ainda bem que nós temos uma reserva, mas se não encontrarmos amanhã, não teremos como fazer o vinagrete."

Muitos daqueles que ainda buscaram pelo lazer das praias da capital, preocupavam-se com a condição de balneabilidade da orla e preferiram curtir o feriado longe da água. A professora de musculação, Ingrid de Araújo foi uma dessas pessoas.
“Vim passear, aproveitar a folga. Só trabalha, trabalha, trabalha a semana toda, aí a gente veio hoje descansar. Mas, a gente não banha, fica pegando sol mesmo, a gente almoça e banho só no chuveirinho mesmo, na praia não, porque a gente fica naquela insegurança de ser poluída, própria para banho ou não”, destacou.

A Técnica em Segurança, Maria de Nazaré Gonçalves, levou os filhos para curtir o feriado ao ar livre e até para tomar um banho de mar mesmo com medo, por ser a única opção da cidade.

“Eles banham e eu fico monitorando, apesar de estar muito poluída, muito suja. Agora mesmo eu estava observando e nunca tinha visto a praia tão suja. Eu tenho medo, mas aqui em São Luís a gente não tem outra opção, não tem para onde levar as crianças, não tem um parque, não tem nada”, lamentou.

Viagens
No Terminal da Ponta da Espera e na BR-135 o fluxo foi fraco durante o feriado de Corpus Christi. De acordo com o taxista Sergio Magno, que trabalha no terminal há mais de 20 anos, o movimento foi fraco, apesar de ser feriado prolongado.

“Muita gente deixou de viajar por causa desses problemas da greve. Aqui está muito, muito fraco. Feriados mais curtos têm sido mais movimentados. Acho que nos próximos vai melhorar”, relatou. A administração do terminou não informou os números de embarques e desembarques deste feriado.

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