Artigo

Compromissos assumidos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

Dizem que sou o decano dos economistas maranhenses e estou prestes a concordar, porque ninguém contestou até agora. Minha formatura data de 1959, na vetusta Faculdade de Ciência Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro, na histórica praça Quinze.
Quando iniciei o curso de economia, em 1956, há poucos anos a profissão fora reconhecida; conheci muitos do que lutaram por essa conquista e alguns chegaram a ser meus professores.
Àquela altura dos acontecimentos o Brasil vivia tempos promissores. O governo JK realizava seu famoso Plano de metas, que se traduzia em progresso para o país e fortes esperanças quanto ao futuro, principalmente para os que, como eu, estavam despontando à uma nova profissão.
No Rio, entre 1954 e 1965, trabalhei em empresas voltadas para resultados e muito aprendi no trato com as pessoas e sua rede de relacionamentos; aqui chegando ingressei no setor público desde o governo José Sarney: na Secretaria de Administração, com José Maria Cabral Marques, e na Secretaria de Viação, com Haroldo Tavares.
As conquistas daqueles tempos deram alento a que eu me tornasse professor de economia: a partir de 1968, na recém-criada Escola de Administração e, sucessivamente, na Federação das Escolas Superiores, na Universidade Estadual e na Universidade Federal.
Em momentos distintos, como extensão da minha profissão, fui Secretário de Administração da Prefeitura de São Luís, na administração Haroldo Tavares, e diretor no sistema financeiro estadual, nos governos João Castelo e Luiz Rocha; em Caxias, assessorei prefeitos e fui, na gestão Márcia Marinho, sucessivamente, Auditor Geral, Gerente de Desenvolvimento Econômico e de Recursos Humanos.
Em 1980, integrando uma comitiva de executivos do mercado financeiro brasileiro, estive nos Estados Unidos participando de um Seminário que envolveu a Universidade de Nova York, as Bolsas de Valores e de Mercadorias, grandes Bancos e Corretoras de Valores.
No desempenho dessas missões, à parte os dissabores decorrentes de algumas delas, fui fiel aos meus princípios, aprendi e participei de grandes trabalhos dos quais destaco os programas de Reforma administrativa.
Na Universidade, ensinei Teoria econômica, Mercado de Capitais e Teoria monetária, de 1968 a 1997, quando me aposentei. Em dois momentos distintos, 1970 e 1975/76, fiz o curso de Mestrado, na EAESP-FGV, concentração na área de Administração contábil e financeira.
Depois disso tenho procurado manter minhas vinculações acadêmicas principalmente com a UFMA, estreitando relações com suas congêneres, no exterior, principalmente aquelas com Termos de Cooperação em curso.
Assim é que, tendo dois Livros editados pela Gráfica universitária, lancei-os em Lyon e Coimbra, em 2014, e na FGV-SP, em 2015. De Lyon, fui intermediário de um “Memorando Geral de Entendimento para Cooperação Institucional”, entre a Universidade do Maranhão e a Universidade Lumière Lyon 2, aqui ratificado pelo então reitor Natalino Salgado Filho.
Em 2003, fui eleito para a Academia Caxiense de Letras e, em 2013, tornei-me membro fundador da Academia Ludovicense de Letras.
Desde 2005 essa minha vivência tem estado a serviço da Prefeitura de São Luís.
Com esse histórico, como não poderia deixar de ser, meus compromissos são com a Profissão, com a Universidade e com a Academia, aos quais tenho procurado permanecer fiel.
Escrevo e publico regularmente, e compartilho esses textos na esperança de promover debates.
Meu terceiro livro “Desafios/Challenges”, editado em 2015, foi escrito a partir do início da crise da “bolha”, nos EUA, e está propondo uma tese à discussão principalmente nos meios acadêmicos, que espero possa repercutir.

Antônio Augusto Ribeiro Brandão

Economista, membro da ACL, do IWA e da Comunidade ELOS, fundador da ALL

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