Liberado

Thiago Bardal paga fiança e deixa prisão na Cidade Operária

Ex-superintendente da Seic, que vai responder aos processos em liberdade, garante que agora terá direito a ampla defesa nas Justiças Federal e Estadual

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

SÃO LUÍS - “Somente agora vou ter o direto de ampla defesa e acredito na imparcialidade do Poder Judiciário”, afirmou o delegado da Polícia Civil e ex-superintendente estadual de Investigações Criminais (Seic), Thiago Bardal, nesta sexta-feira. Ele estava preso desde o dia 2 de março deste ano em uma das celas do presídio destinado a policiais civis, anexo da delegacia da Cidade Operária, e foi solto na noite de quinta-feira, 24, após o pagamento de fiança no valor de R$ 30 mil arbitrada pela Justiça Federal. Segundo a polícia, Bardal é acusado de ser um dos líderes de um bando especializado em contrabando de mercadorias e responde, ainda, pelos crimes de prevaricação e peculato.

“A minha prisão foi baseada na verdade sabida, mas no momento vou poder apresentar a minha defesa ao Poder Judiciário”, desabafou Bardal. Ele informou, também, que em seu desfavor há dois processos judiciais. Um deles está tramitando na 1ª Vara Federal do Maranhão, que tem como juiz Luiz Regis Bonfim, pelos crimes de contrabando e associação criminosa.

Em relação a essas acusações, segundo Bardal, a Justiça Federal concedeu o prazo de 15 dias para apresentar a sua defesa e foi determinado o seu afastamento de sua função de delegado até o término do andamento do processo.

Bardal também responde a processo na 3ª Vara Criminal da Comarca de São Luís, que tem como juiz titular José Gonçalo de Sousa Filho, por prevaricação e peculato. Ele informou que foi denunciado de ter desviado uma carga de cigarro apreendida na cidade de Viana, em 2016, mas até o mês passado, os seus advogados ainda não haviam tido acesso ao inquérito policial.

Ele informou que a justiça estadual deu um prazo de 10 dias para apresentar as argumentações de defesa sobre essa acusação. Ainda de acordo com Bardal, no momento, os seus advogados estão coletando provas para serem apresentadas ao Poder Judiciário. Após essa etapa, é que as testemunhas de defesa e do acusado serão arrolados pelo magistrado e, por fim, a sentença judicial.

Entenda o caso

Uma operação da Polícia Militar foi realizada na noite do dia 21 de fevereiro deste ano e se estendeu até a noite do dia seguinte, desarticulou uma organização especializada em contrabando de mercadorias. O ponto base desse bando criminoso era um sítio no povoado Arraial, no bairro do Quebra-Pote, onde havia até mesmo um porto clandestino.

Ainda durante esse cerco policial, foram apreendidos veículos, armas, munição, dinheiro e uma carga de uísque e cigarros contrabandeados. Policiais militares, empresários e políticos foram presos. No decorrer da investigação, que estava sendo feita por uma equipe de delegados da Superintendência Estadual de Combate à Corrupção (Secor), identificou Bardal como um dos líderes desse bando e ele acabou sendo preso no dia 2 de março deste ano por meio de determinação judicial.

O inquérito policial foi encaminhado para a 1ª Vara Criminal de São Luís, mas foi transferido para a Justiça Federal, onde tramita na 1ª Vara Criminal. O juiz revogou a prisão dos acusados mediante o pagamento de fiança.

Bardal também foi denunciado por peculato e prevaricação que está tramitando na 3ª Vara Criminal da Comarca de São Luís. O juiz José Gonçalo de Sousa Filho decretou a prisão do acusado, que foi revogada pelo desembargador Josemar Lopes Santos. O magistrado acatou os argumentos apresentados pela defesa do delegado feito por meio de embargo de declaração impetrado no Tribunal de Justiça.

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