Greve dos Caminhoneiros

SBN alerta sobre paralisação de hospitais por causa de greve dos caminhoneiros

Greve dos caminhoneiros, iniciada a cinco dias, tem afetado diversos setores da sociedade e a saúde começou a virar uma preocupação.

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
(médico / hospital)

Desde que os impactos da greve dos caminhoneiros, iniciada na última quinta-feira, começaram a ser sentidos em diversos setores da sociedade, os hospitais foram alvo de preocupações recorrentes. Nesta sexta-feira (25), a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) alertou sobre a possibilidade de paralisação em clínicas e hospitais em consequência do protesto dos caminhoneiros.

Em nota divulgada à imprensa, o órgão falou que "está de mãos atadas" e que torce para que a greve "chegue a um acordo o mais rápido possível, caso contrário, tememos pelo colapso do atendimento aos pacientes com doença renal crônica".

LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA

Com muita preocupação, nos vemos enfrentando uma paralisação que já causa forte impacto em todas as clínicas e hospitais do país, pois, assim como em outros setores da saúde, as clínicas especializadas em tratamento de diálise dependem de insumos e soluções que vêm por transporte rodoviário, especialmente aquelas que não contam com uma rede ampla ou logística tão frequente de acesso às cargas. Por isso, tememos pela paralisação do atendimento, que no nosso caso pode resultar em mortes e problemas graves aos pacientes.

Estamos de mãos atadas, acreditando e esperando que os envolvidos tenham um pouco de complacência e flexibilidade e entendam que saúde é prioridade e não pode ser tratada como se tratam outras questões.

Entendemos a situação e nos solidarizamos com todos aqueles que estão na mesma condição do que a nossa, Por isso, gostaríamos e torcemos para que se chegue a um acordo o mais rápido possível, caso contrário, tememos pelo colapso do atendimento aos pacientes com doença renal crônica.

Não podemos ficar calados frente a essa situação e fazemos um apelo, tanto ao governo, como aos representantes da categoria, para que intercedam e tomem medidas que garantam o fornecimento de insumos aos hospitais e as clínicas de saúde.

O que querem os caminhoneiros?

Os caminhoneiros protestam há quatro dias contra os seguidos aumentos do preço do diesel. O movimento tem fechado algumas estradas, o que já impacta no abastecimento de combustível e alimentos em algumas regiões do país. As principais reivindicações da categoria são a redução de impostos sobre o preço do óleo diesel, como PIS/Cofins e ICMS, e o fim da cobrança de pedágios dos caminhões que trafegam vazios nas rodovias federais que estão concedidas à iniciativa privada.

Quando a greve deve acabar?

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse nesta quinta-feira (24) que a mobilização dos caminhoneiros nas rodovias do país só será encerrada quando o presidente Michel Temer sancionar e publicar, no Diário Oficial da União, a decisão de zerar a alíquota do PIS-Cofins incidente sobre o diesel.

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