Crise na saúde

Servidores estaduais reclamam do atendimento oferecido no CADH

Prazo de consultas e exames no Centro Ambulatorial Diagnóstico Holandeses é uma das principais reclamações dos contribuintes do Fundo de Benefício dos Servidores Públicos Estaduais do Maranhão (Funben) atendidos no CADH

Igor Linhares / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Além  das dificuldades para conseguir consulta e exames, chegar e sair do local é difícil
Além das dificuldades para conseguir consulta e exames, chegar e sair do local é difícil (CADH)

Servidores do governo estadual e contribuintes do Fundo de Benefício dos Servidores Públicos Estaduais do Maranhão (Funben) reclamam da situação caótica do Centro Ambulatorial Diagnóstico Holandeses (CADH). Entre as principais reclamações, a demora pelos exames e consultas é a recorrente.

Os contribuintes consideram uma conquista quando conseguem agendar consultas e exames de que precisam e dizem que a situação é difícil. O tumulto também é uma das principais queixas, pois, como o CADH atende todos os funcionários do Estado, é recorrente que a demanda seja maior que o esperado - como ocorre todos os dias, de acordo com servidores.
Os exames, de extrema importância para que seja feito um diagnóstico preciso, demoram mais do que o normal, extrapolando a paciência de quem tem pressa e necessidade. Segundo uma servidora e contribuinte, que não quis se identificar, ela marcou um exame considerado simples e que só vai ser realizado em outubro. “Eu vou fazer uma transvaginal em outubro, daqui a cinco meses. Isso porque é um exame simples. Mas como a gente precisa, tem de esperar”, ressaltou.

Uma das possibilidade de realizar a marcação de consulta é entrar em contato, por telefone, com o CADH, mas, surpreendentemente, o atendimento é pior. “Eu liguei uma vez e a atendente foi muito grossa comigo. São funcionários que não têm paciência para fazer o serviço que eles devem fazer”, denunciou Maria do Rosário Santos, de 68 anos.

Não bastasse o mau atendimento em relação aos atendentes responsáveis pela marcação de consulta via telefone, servidores alegam que os médicos também os tratam mal. “Tem uns médicos grosseiros, que não escutam os pacientes. A gente [paciente] nem fala direito o que está sentindo e o médico já vai logo receitando medicamento”, afirmou Conceição da Silva, de 65 anos.

A servidora disse que quem quer um atendimento mais rápido tem de marcar nas vagas de desistência - que ficam ociosas quando um paciente desiste -, mas que é “contar com a sorte”, tendo em vista que isso não acontece com facilidade.

Exames
Quanto mais precoce o diagnóstico, maior é a chance de cura e, para um bom diagnóstico, é imprescindível a avaliação dos exames requisitados pelos médicos.

No CADH, os exames são uma das partes para o diagnóstico em que os pacientes mais têm dificuldade em conseguir marcar e realizar. A demora atrapalha no tratamento dos sintomas que os levam os pacientes a procurar atendimento e, muitas vezes, a situação (seja ela qual for) se agrava pelo atraso no diagnóstico.

Além da má qualidade no atendimento, da longa espera por consultas e exames, outra das principais reclamações de quem procura o CADH é sobre a dificuldade do acesso ao local. Não há uma faixa de pedestres próxima ao ambulatório, sendo a única saída se arriscar e atravessar no meio do trânsito de fluxo, demasiadamente intenso na Avenida dos Holandeses, no Calhau.
A Segep, por meio do Núcleo de Assistência dos Servidores Públicos do Estado do Maranhão (Nassp), informou, em nota, que está em execução um novo contrato de prestação dos serviços, em que ficou estabelecida a absorção das demandas reprimidas. Com as medidas adotadas, espera-se que, em breve, o atendimento no Centro Ambulatorial Diagnóstico Holandeses (Cadh) seja normalizado e não haja mais dificuldade na marcação e realização de exames.
O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís para saber quais medidas estão sendo tomadas para resolver os problemas no entorno do CADH, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.

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