SÃO PAULO - A continuidade da greve dos caminhoneiros - que, além da paralisação do transporte, inclui o bloqueio de refinarias e distribuidoras - está aumentando rapidamente o número de praças sem combustível no país. Comunicados encaminhados por sindicatos regionais para a Fecombustíveis, que representa aproximadamente 40 mil postos revendedores de combustíveis, relatam "desabastecimento generalizado" em cidades gaúchas, redução drástica dos estoques na Bahia e escassez completa de combustíveis em municípios do Paraná . Em São Luís os reflexos da crise também são sentidos.
No Rio de Janeiro, conforme informa o sindicato que representa os revendedores da cidade, falta combustível em metade dos postos da cidade e esse número deve chegar a 90% até o fim do dia.
Segundo informa a entidade, apenas um posto no bairro de Botafogo tem, neste momento, os três principais produtos à venda: gasolina, etanol e diesel.
Ainda segundo relatos recebidos pela Fecombustíveis, o número de postos sem combustível nas bombas cresce rapidamente em grandes centros urbanos do Paraná, como as cidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu.
Dois municípios da Região Metropolitana de Curitiba - Itaperuçu e Rio Branco do Sul - chegaram ao quarto dia da greve dos caminhoneiros sem qualquer combustível.
No litoral do Paraná, a maior parte dos postos já não tem mais combustível. Já no interior paranaense, os motoristas não encontram mais gasolina e etanol nas cidades de Ponta Grossa e União da Vitória.
A situação também é crítica no Mato Grosso, principalmente em cidades do interior do Estado. Foram confirmados postos sem produto em Tapurah, Primavera do Leste, Nova Xavantina, Diamantino e Juína. Na Grande Cuiabá, revendedores têm estoques só para esta quinta-feira.
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