Tensão

EUA ameaçam impor as sanções ''mais fortes da história'' contra o Irã

No dia 8, Trump anunciou a retirada dos EUA do acordo nuclear internacional com o Irã, e agora anunciou 12 exigências para o governo iraniano

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

WASHINGTON - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, ameaçou ontem impor "as sanções mais fortes da história" contra o Irã se a liderança do país não mudar o rumo de suas políticas externa e doméstica.

Semanas depois de os Estados Unidos se desligarem de um acordo nuclear internacional com Teerã, Pompeo delineou uma abordagem rigorosa para a República Islâmica que incluiu trabalhar de perto com o Pentágono e com aliados regionais para conter o Irã.

Pompeo revelou 12 exigências para o regime e disse que uma suspensão das sanções econômicas só ocorrerá quando Washington tiver visto mudanças tangíveis nas diretrizes iranianas.

Pompeo disse que os EUA responsabilizarão aqueles que fizerem negócios proibidos no Irã. Sua ameaça de novas sanções chega no momento em que os membros europeus do acordo nuclear – França, Reino Unido e Alemanha – trabalham para encontrar uma maneira de manter o pacto em vigor depois da saída norte-americana.

Pompeo disse que Washington estaria aberto a um novo tratado e que quer o apoio dos aliados dos EUA.

No início deste mês o presidente norte-americano, Donald Trump, retirou seu país do pacto de 2015, que classificou como um "acordo horrível e unilateral", dizendo que ele não trata das atividades de mísseis balísticos do Irã nem refreia seu comportamento na região.

Entenda o acordo

O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), como informa a rede BBC, foi acordado pelo Irã e cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - os Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia, além da Alemanha (o grupo chamado de P5 +1 ).

O documento estabelece um teto para o estoque de urânio enriquecido do Irã – material usado para produzir combustível para reatores, mas também armas nucleares – por 15 anos e limita o número de centrífugas para enriquecer o material por 10 anos. Teerã também se comprometeu a modificar um reator de água pesada, de modo que não seja capaz de produzir plutônio – um substituto para o urânio usado em bombas.

O acordo foi reforçado pela resolução 2231 do Conselho de Segurança e teve sua implementação iniciada em janeiro de 2016, depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês) certificou que o Irã cumpriu seu deveres principais.

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