É preciso agir mais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

A decisão liminar do juiz da Corte Eleitoral do Maranhão, Eduardo Moreira, determinando a retirada do vídeo do Solidariedade em que aparece o governador Flávio Dino (PCdoB) fazendo pedido de voto explícito em evento transmitido pela internet, ainda não é o suficiente para barrar os abusos que estão ocorrendo neste período de
pré-campanha no Maranhão.
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) tem atuado contra crimes eleitorais que vêm sendo cometidos, faltando pouco mais de quatro meses para o primeiro turno das eleições deste ano.
Até o início do mês de maio, existiam somente duas ações da PRE por propaganda eleitoral antecipada. Com tantas pré-candidaturas anunciadas, tantas as propagandas - principalmente via internet -, reuniões partidárias dentro do Palácio dos Leões e até espionagem de adversários pela Polícia Militar, o Ministério Público Eleitoral identificou somente duas irregularidades.
Foram necessários dois pedidos de voto explícito, aberto e direto do governador Flávio Dino em evento do Solidariedade e outro de pré-candidato do PCdoB para que ações fossem dada entrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra o abuso que pode sim desequilibrar o pleito.

Mais uma denúncia
Durante a tarde desta sexta-feira, 18, a PRE divulgou a informação que estava acionando o governador Flávio Dino pela segunda vez.
Agora porque em evento de lançamento da pré-campanha de Duarte Júnior, o governador pediu votos ao seu ex-auxiliar.
Segundo a PRE, a irregularidade foi maior ainda porque o evento foi transmitido pelas redes sociais, ou seja, não se restringiu ao ato político intrapartidário.

Outros casos
Ainda espera-se respostas da PRE a respeito das mais de 50 nomeações de capelães no sistema de Segurança feito por Flávio Dino.
E também em relação a espionagem de adversários determinada por coronel da PM que tem ligações com o PCdoB.
Nos dois casos, o Ministério Público Eleitoral foi provocado com representações interpostas pelo PRP.

Silêncio
Os governistas simplesmente calaram-se diante dos números recentes do IBGE a respeito do aumento do desemprego no Maranhão.
Dessa vez, os comunistas não usaram as redes socais orquestradas para culpar terceiros, até mesmo porque os piores números são dos últimos três anos.
Na verdade, até teve a manifestação tímida com uma fake news tentando culpar o presidente Michel Temer pelo aumento no número de desempregados no estado.

Contra a PM
O secretário de Governo de Flávio Dino, Antônio Nunes, nem parece que já teve um escritório de advocacia que tanto defendeu sindicatos e trabalhadores.
Em uma de suas decisões, ele determinou que sejam descontados
R$ 30,00 de cada diária dos policiais militares que fazem segurança do governador.
E, para piorar, Nunes ainda decidiu retirar a alimentação dos militares, algo que em toda a corporação é garantido.

Piorou
E se os policiais que fazem a segurança de Flávio Dino já estavam achando complicado trabalhar com tão poucas garantias, não imaginavam que poderia piorar.
Antônio Nunes determinou que a escala de serviço dos militares passasse a ser 24 horas por 24 horas. Esse tipo de escala já deixou de ser usada na Polícia Militar há muitos anos.
O problema dos PMs da guarda de Flávio Dino é que estão atrelados não à corporação, mas à secretaria comandada por Antônio Nunes.

Descartado
Os petistas maranhenses até tentaram com a direção nacional trazer para o Maranhão o lançamento oficial da pré-candidatura do ex-presidente Lula.
O evento, que já tem data marcada, próximo dia 25, acontecerá no Nordeste, mas o Maranhão já foi descartado.
Apesar de ser o estado em que Lula tem maior aprovação, a direção nacional não tem a intenção de trazer o evento para perto de Flávio Dino, que já se posicionou contra a candidatura de Lula em 2018.

DE OLHO
R$ 796 milhões foi o total gasto pelo Governo do Estado para manter a máquina pública funcionando em 2017.

E MAIS

• Flávio Dino ignorou completamente a presença do presidente da Câmara Municipal, Astro de Ogum, em sua postagem nas redes sociais sobre a visita dele e de Osmar Filho ao Palácio dos Leões.

• O governador fez referência somente “ao próximo presidente da Câmara de São Luís” na visita, que teve o objetivo de discutir os problemas da capital maranhense.

• Ministro Luiz Fux, no STF, deu parecer firmando não haver ofensa no que publicou o senador Roberto Rocha em relação a Weverton Rocha e Carlos Lupi, ambos do PDT.

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