Violência

Em duas semanas, 25 mortes violentas registradas na Ilha

Último caso ocorreu ontem, ao lado da Decop, na Cidade Operária; um homem que exercia a função de sapateiro foi executado com vários tiros; a noite de segunda-feira foi a mais violenta no período, com registro de três assassinatos

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Corpo de Marcelo Rodrigues Santos, caído na calçada da delegacia
Corpo de Marcelo Rodrigues Santos, caído na calçada da delegacia (Sapateiro)

SÃO LUÍS - Vinte e cinco pessoas foram mortas a tiros ou a golpes de faca nas últimas duas semanas na Região Metropolitana de São Luís, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Somente em um intervalo de 12 horas ocorreram quatro assassinatos na capital e uma das vítimas foi o sapateiro Marcelo Rodrigues Santos. Esse crime ocorreu na manhã de ontem, nas proximidades da Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop).

O major Marcelo Macedo, comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, informou que a vítima estava em seu local de trabalho quando foi abordada por dois homens não identificados, que dispararam vários tiros contra ela que morreu no local. Os acusados fugiram em uma motocicleta Fan vermelha, de placa não identificada.

O militar informou, também, que os criminosos teriam fugido em direção ao bairro Cidade Olímpica. A vítima, segundo a polícia, era usuária de droga. “Existe informações que essa moto Fan vermelha teria participado de outros homicídios ocorridos este ano nessa região”, declarou o major.

Ainda de acordo com as informações do major Macedo, o Serviço de Inteligência do batalhão realizou ainda ontem incursões na área do crime, visando localizar os criminosos, mas até a tarde de ontem não havia obtido sucesso. A Cidade Operária estava há mais de 180 dias sem a ocorrência de assassinato.

O corpo da vítima foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, para ser periciado e logo depois foi liberado para os familiares. O caso está sendo investigado pela Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP).

Mais assassinatos

Durante a noite de segunda-feira, 14, a polícia registrou três mortes violentas na capital. Natalielson Oliveira Viana, de 26 anos, e um homem não identificado, teriam cometido um assalto a uma churrascaria, na Cohab. Um dos clientes desse estabelecimento comercial, nome não revelado, reagiu ao assalto.

Houve troca de tiros e uma das balas atingiu as costas de Natalielson Oliveira, que mesmo baleado fugiu em uma motocicleta Honda Pop preta, de placa PSQ-6201, que era conduzida por seu cúmplice. A motocicleta, entretanto, acabou colidindo com a calçada de uma residência, nas proximidades da churrascaria e Natalielson Oliveira caiu sem vida, enquanto o outro assaltante conseguiu fugir.

No povoado de Mangue Seco, área do bairro Pedrinhas, ocorreu um caso de latrocínio (roubo seguido de morte). Os moradores informaram para a polícia que dois homens invadiram a residência de Wanderson Rodrigues Brandão, de 18 anos, com o objetivo de roubar. Os assaltantes mataram a tiros o proprietário da casa e fugiram levando celulares, televisão e um aparelho de som.

A Polícia Civil está investigando esse caso, mas até a tarde de ontem não havia registro de prisão dos acusados. A SHPP está investigando, também, o assassinato de Maurício Soares Silva, de 15 anos. O adolescente levou vários tiros disparados por desconhecidos. Ele ainda foi levado para o Hospital da Mulher, na área Itaqui-Bacanga, mas chegou sem vida.

Saiba mais

A polícia também registou na noite de segunda-feira uma tentativa de homicídio, na Vila Bom Viver, na cidade da Raposa. A vítima foi Judenilson Anunciação André, de 30 anos. O coronel Aritanã Lisboa informou que o autor do crime foi preso e identificado como Udegno Santos da Silva, de 37 anos. A vítima levou vários golpes de faca. Ela tinha ido se encontrar com a esposa do acusado, mas acabou se encontrando com marido.

Número

25

Foi o número de pessoas assassinadas a tiros ou a golpes de faca nas últimas duas semanas na Ilha, 18 homicídio doloso, 2 latrocínios, um homicídio culposo, uma mortes no presídio, um caso de achado de cadáver, uma morte em confronto com a polícia e uma lesão corporal por morte posterior.

FRASE

“Existe informações que essa moto Fan vermelha teria sido usada em outros homicídios ocorridos este ano nessa região”.

Major Marcelo Macedo, comandante do 6º BPM

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