Manifestações

Após funerais, palestinos retomam protestos em Gaza e Cisjordânia

Árabes enterram vítimas da violência dos confrontos com soldados israelenses, que ocorreram segunda-feira,14, quanto os Estados Unidos inauguravam sua nova embaixada em Jerusalém

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31



JERUSALÉM - Imagens divulgadas por agências internacionais ontem mostraram novos protestos palestinos na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel e em territórios palestinos na Cisjordânia. Ao menos dois manifestantes foram mortos ontem israelenses, segundo o Ministério da Saúde palestino. Antes de retormar as manifestações, palestinos de reuniram em Gaza para os funerais das vítimas de segunda-feira, 14, considerado o dia mais sangrento desde o início do movimento chamado "Grande Marcha para o Retorno".

Os soldados têm usado munição real contra quem tentar cruzar a cerca fronteiriça. O Exército israelense também disparou gás lacrimogêneo em reação ao lançamento de pedras. Uma densa nuvem de fumaça podia ser vista sobre a região, pois pneus foram incendiados por palestinos.

Os palestinos lembram nesta terça-feira a Nakba (a "Catástrofe"), que constituiu o dia seguinte à criação de Israel que marcou a retirada de milhares de palestinos, forçados a abandonarem seus lares em 1948. Ontem, 60 pessoas morreram na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, entre elas um bebê de oito meses que inalou gás lacrimogêneo em um acampamento de manifestantes. Mais de 2.700 pessoas ficaram feridas.

Os episódios de violência de segunda-feira,14, na divisa ocorreram enquanto os Estados Unidos inauguravam sua nova embaixada em Jerusalém, o que coincidiu com o aniversário de 70 da fundação de Israel.

As forças de Israel voltaram a assumir posições na fronteira com Gaza para lidar com mais um dia de protestos de palestinos convocados ontem. A área estava relativamente tranquila no início do dia, já que muitos moradores de Gaza estavam nos funerais. Os manifestantes começaram a chegar na fronteira à tarde.

A reação internacional à postura do Exército israelense para conter os protestos de palestinos nos territórios ocupados em Gaza Cisjordânia foi dura com Israel. Vários países e órgãos internacionais pediram o fim da violência por parte dos soldados e investigações independentes sobre as mortes.

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