Governo

Radicais dão aval para eleição de presidente separatista na Catalunha

Partido CUP decidiu que seus quatro deputados vão se abster para permitir que Quim Torra seja empossado hoje, 14

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

CATALUNHA - O partido anticapitalista e secessionista CUP decidiu ontem que seus quatro deputados vão se abster para permitir que, na segunda-feira, seja empossado como presidente catalão o separatista Quim Torra. Aproxima-se, assim, o fim do longo bloqueio político nessa região espanhola.

Em assembleia, a CUP "decidiu manter as quatro abstenções à posse de Quim Torra", indicou a sigla em um comunicado, o que permitirá que, amanhã, tome posse com uma maioria separatista o candidato proposto pelo líder afastado Carles Puigdemont.

No sábado,12, partidos favoráveis à independência da Catalunha fracassaram pela quarta vez em eleger um líder regional, dez dias antes do prazo para formar um novo governo ou realizar novas eleições. Quim Torra, um aliado próximo do ex-líder Carles Puigdemont, precisava de 68 votos para ser eleito, mas recebeu somente 66.

Na véspera, Torra prometeu trabalhar "sem descanso" para construir uma república independente da Espanha.

O duro discurso provocou a reação imediata do governo espanhol de Mariano Rajoy, que controla diretamente a região desde a frustrada declaração de independência de 27 de outubro e desde o afastamento do ex-presidente Puigdemont e de seu gabinete.

Limbo político

Anteriormente, o CUP já rompeu com o bloco separatista, pois defende uma independência unilateral da Espanha, em vez de uma separação negociada advogada pelos partidos separatistas maiores.

A Catalunha está em um limbo político desde dezembro do ano passado, quando partidos pró-independência venceram uma eleição antecipada convocada pelo governo central da Espanha.

Madri decretou poderes especiais para assumir controle direto da Catalunha em outubro, depois que a região declarou independência. A região tem sido administrada pelo governo central desde então.

Os parlamentares catalães têm de escolher um líder para formar um governo até 22 de maio para evitar uma nova eleição, após um impasse durante o qual políticos separatistas nomearam candidatos que foram bloqueados por tribunais por estarem no exterior, ou por estarem presos.

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