Campanha antecipada

Flávio Dino é flagrado pedindo votos em evento do Solidariedade em São Luís

Comunista pediu votos a militantes da ex-vereadora Helena Duailibe, em hotel de São Luís

OEstadoMA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

SÃO LUÍS - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foi flagrado pedindo votos abertamente, no sábado, 12, durante um evento do Solidariedade, em um hotel de São Luís.

O ato contou com a participação do pré-candidato a presidente do partido, Aldo Rebelo, e serviu, ainda, como lançamento da pré-candidatura da ex-vereadora Helena Duailibe a deputada estadual. O vice-governador, Carlos Brandão (PRB), o ex-secretário de Estado da Indústria e Comércio, Simplício Araújo (SDD), e a deputado federal Eliziane Gam (PPS) também estavam no evento. Todos são pré-candidatos nas eleições de outubro deste ano.

O flagrante de campanha eleitoral antecipada ocorreu logo no início do discurso do comunista.

Ao mencionar a presença de Helena Duailibe, a ex-vereadora foi muito aplaudida por seus apoiadores. Flávio Dino, então, comentou a reação da plateia.

“Espero que todos vocês transformem isso em voto, viu? Claro que não só pra Helena… Vocês lembrem do cristão que tá aqui, também. Do Aldo e de todo mundo”, pediu.

Outro caso - Este é o segundo caso de flagrante campanha eleitoral antecipada do governador maranhense só neste ano.

Em janeiro, numa entrevista à TV Difusora, enquanto falava do seu governo, o comunista também pediu votos abertamente para continuar mais quatro anos no Palácio dos Leões.

Ao citar resultados da gestão e a necessidade de mais tempo para obter, segundo ele, mais resultados, o governador disse que “é preciso ter continuidade para que nós possamos evoluir ainda mais”.

Nesse caso, não houve qualquer manifestação da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE).

Governador é alvo de investigações eleitorais

O procurador regional eleitoral com atuação no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), Pedro Henrique Oliveira Castelo Branco, já abriu três procedimentos para investigar supostos crimes eleitorais cometidos pelo governador Flávio Dino (PCdoB), ou seus secretários, neste período de pré-campanha.

No primeiro deles, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) apura, a partir de uma denúncia do Partido Republicano Progressista (PRP), e secretários de Estado estavam usando a estrutura administrativa para angariar apoio político para as eleições de 2018.

O caso foi denunciado à Justiça Eleitoral em fevereiro, pelo presidente estadual da sigla, ex-vereador Severino Sales. Ele protocolou notícia de fato solicitando providências acerca das denúncias, de diversos deputados estaduais, de que auxiliares do governo estavam usando a estrutura do o Executivo para angariar apoio político no interior do estado.

Os relatos dos parlamentares atingem diretamente o secretário de Estado da Agricultura, Márcio Honaiser (PDT), e o secretário de Estado da Agricultura Familiar, Adelmo Soares (PCdoB), ambos pré-candidatos a deputado estadual. Mas o pedido de providências do PRP cita, ainda, os secretários Márcio Jerry (PCdoB), da Comunicação e Assuntos Políticos; Marcelo Tavares (PSB), da Casa Civil; e Neto Evangelista (PSDB), do Desenvolvimento Social.

Em todos os casos, a denúncia é a mesma: secretários estão direcionando obras e ações do governo apenas a prefeitos e lideranças que lhes garantem apoio político nas eleições de 2018.

Segurança - As outras duas investigações dizem respeito à Segurança Pública: em uma delas apura-se a chamada “farra de capelães” – pela nomeação de 36 capelães na PM e no Corpo de Bombeiros, segundo o PRP, como forma de angariar apoio de lideranças religiosas – e, numa outra, o uso da PM para espionar adversários políticos do governador Flávio Dino.

Neste dois casos, a PRE estabeleceu prazo para que os comunistas prestassem esclarecimentos, o que já ocorreu.

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