Preço da passagem

Egito reforça segurança após protestos contra o aumento

Argumento do governo é de que, sem elevação do preço, metrô não se sustentará. Em 2017, tarifas já haviam sido dobradas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

CAIRO - O Egito colocou forças de segurança fora das estações de metrô ontem, 13, dizem testemunhas, um dia depois de dezenas de pessoas terem realizado manifestações contra o aumento das tarifas. A medida, que entrou em vigor na sexta-feira,11, fez o custo dos bilhetes de metrô triplicar.

Fontes de segurança disseram que pelo menos 22 pessoas foram detidas pela polícia durante "protestos limitados e esporádicos" em várias estações de metrô, por passageiros exigindo que o aumento nos preços seja revertido. Eles disseram que a maioria foi libertada, enquanto três foram detidos por 24 horas, aguardando uma investigação mais aprofundada.

O governo diz que as tarifas mais altas são necessárias para manter o metrô, que vinha operando com déficit, e financiar novas ampliações sendo construídas para atender os mais de 25 milhões de habitantes da capital.

As autoridades também se comprometeram a reduzir drasticamente os subsídios do Estado como parte de um acordo de empréstimo de 2016 com o Fundo Monetário Internacional (FMI), aumentando os custos de vida de milhões de egípcios.

"O aumento (de preço) vai gerar cerca de 1 bilhão pesos (56,37 milhões de dólares)", disse o ministro do Transporte, Hesham Arafat, ao canal de televisão privado Sada al-Balad no sábado. "Sem esse bilhão, não posso continuar, a companhia do metrô não pode continuar."

O governo já havia enfurecido os moradores do Cairo quando dobrou o preço de muitos bilhetes de metrô no ano passado.

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