Um lixão que está se formando há cerca de seis meses em frente à Feira da Forquilha, na Estrada de Ribamar, preocupa a população e prejudica comerciantes do local. Apesar de haver coleta regular, o lixo se acumula há tempos.
Pneus, colchões, caixas de papelão, restos de alimentos. Uma diversidade de resíduos jogados em um meio-fio, na MA-201, no bairro Forquilha. No local, existe um contêiner para o depósito de resíduos, mas, segundo os moradores, a população faz o descarte incorretamente no meio-fio, e o serviço de coleta recolhe apenas o conteúdo do contentor.

“Eles recolhem mesmo apenas o que está dentro do contêiner, mas o pessoal vai colocando do lado de fora, mesmo. Eu já peguei até uma micose ali, quando fui jogar o lixo, porque já está cheio de lama podre”, contou José Francisco, proprietário de um restaurante na MA-201.

Além da feira, existem diversos pontos comerciais e alimentícios, escolas e uma igreja, tornando o fluxo de pessoas intenso no local. A moradora e dona de casa Josileide Silva ressaltou sua indignação com a situação.

“Eu acho isso ridículo, mas a culpa é dos moradores que jogam lixo no local. Nós temos que ter consciência que isso é prejudicial a nós mesmos. Todos nós sabemos que o lixo é prejudicial à saúde, traz muitas consequências, como os mosquitos. Estão aí a chikungunya, a zika, um monte de problema. Eu quero que os moradores se conscientizem e joguem o lixo no lixo”, disse.

De acordo com os comerciantes, diariamente os resíduos são acumulados no local, atraindo ratos e urubus. Os moradores já solicitaram providências aos órgãos competentes, mas a situação persiste.

O Comitê Gestor de Limpeza Urbana informou que vai enviar uma equipe ao local para verificar o que está acarretando o problema e que tomará as medidas necessárias para regularizar a limpeza no bairro.

O órgão pede ainda o apoio dos moradores da região para que façam o descarte dos resíduos e que os mesmos sejam acondicionados em sacos plásticos, na frente do seu respectivo domicílio, nos dias e turnos em que passa o caminhão de coleta, evitando o descarte nos demais dias da semana, o que causa o acúmulo de lixo nas vias públicas, atraindo animais e provocando mau-cheiro.

Materiais recicláveis (papel/papelão, plástico, vidro e metal), restos de construção civil, poda e capina domésticos, móveis e eletrodomésticos sem serventia, pneus e óleo de cozinha usado devem ser entregues em um dos 10 Ecopontos já em funcionamento em São Luís, localizados nos bairros Parque Amazonas, Bequimão, Angelim, Turu, Jardim América, Jardim Renascença, Residencial Esperança, Cidade Operária, São Francisco e Anil.

Por fim, o Comitê ressalta que irá reforçar o monitoramento na região da Forquilha, buscando identificar a origem de descargas irregulares e possíveis falhas na coleta. Denúncias ou reclamações podem ser realizadas através da Central de Atendimento do Comitê Gestor de Limpeza Urbana: 0800 098 1636.

SAIBA MAIS

Problemas do descarte incorreto de resíduos

Sujeira nas ruas
O papel do picolé, a latinha do refrigerante e o embrulho do presente quando descartados em vias públicas, praças e terrenos afetam a higiene do ambiente e tornam tudo mais sujo. Portanto, caso você gere algum lixo de pequeno volume, carregue consigo até a lixeira mais próxima e faça o descarte de modo correto.

Poluição ambiental
A natureza é uma das principais vítimas do descarte inadequado de resíduos. Rios, riachos, córregos, canais e lagoas e todos os seus ecossistemas sofrem com a poluição causada pelo acúmulo e descarte inadequado de lixo.

Obstrução do passeio público
Restos de reforma e sobras da construção civil dispostos em calçadas e vias atrapalham a circulação e dificultam a mobilidade urbana.

Poluição visual
Sacos de lixo dispostos fora da lixeira, resíduos de construção civil depositados inadequadamente e o material descartado em vias públicas acumulam sujeira e formam um cenário que ninguém gosta de ver e conviver.

Contaminação do solo e dos lençóis freáticos
Quando descartados de modo inadequado, determinados tipos de resíduos provenientes de estabelecimentos comerciais, industriais e unidades de saúde infiltram pelo solo e podem contaminar a terra e os lençóis freáticos que abastecem as bacias hidrográficas, poluindo o meio-ambiente e água que consumimos no dia-a-dia.

Alagamentos e inundações em períodos de chuva
Um simples papel jogado em vias públicas pode entupir galerias de águas pluviais, que servem para escoar a água da chuva até córregos e riachos. Uma vez obstruídas por acúmulo de lixo descartado nas ruas, elas impedem a passagem da água que retorna e provoca alagamentos e inundações.

Proliferação de endemias
O acúmulo de resíduo em terrenos ou armazenados de modo inapropriado podem gerar a proliferação de pragas e vetores de endemias e colocar em risco a saúde pública

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