Depoimento

Candidata de Trump para CIA diz que não retomará programas de tortura

Gina Haspel enfrentou oposição após sua nomeação por trabalho em prisão secreta da CIA na Tailândia, onde supostos extremistas foram submetidos a torturas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

WASHINGTON - Escolhida por Donald Trump para comandar a CIA, Gina Haspel afirmou ontem em depoimento ao Senado que a agência de inteligência não vai retomar os programas de tortura de prisioneiros sob a sua liderança.

"Por ter servido neste período conturbado, posso oferecer meu compromisso pessoal, claro e sem reserva, de que sob minha liderança na CIA não será restabelecido tal programa de detenção e interrogatórios", declarou na audiência perante o Comitê do Senado.

"Em retrospecto, está claro ... que a CIA não estava preparada para conduzir um programa de detenções e interrogatórios", acrescentou.

Haspel enfrentou grande oposição após sua nomeação em razão de seu trabalho em uma prisão secreta da CIA na Tailândia em 2002, onde supostos membros da rede extremista Al-Qaeda foram submetidos a torturas.

Mas em uma audiência diante de um comitê do Senado, ela garantiu que se for confirmada no cargo vai assegurar que a agência "não retomará tal programa de detenção e interrogatórios".

"Não permitirei que a CIA realize atividades que considero imoral, mesmo que sejam tecnicamente legais. Não permitirei isso, absolutamente", acrescentou.

Haspel tem o apoio total de Donald Trump. "Minha muito respeitada indicada para ser diretora da CIA, Gina Haspel, tem sido muito criticada porque foi muito dura com os terroristas", tuitou Trump esta semana.

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