SÃO LUÍS- Resultado de um trabalho vocal próprio aliado à pesquisa sobre toques de caixa e de expressões da cultura popular, a cantora Helyne faz sua estreia em carreira solo em show amanhã, às 20h, no Resistência Cultural Upaon-Açu, o Re(o)cupa (Centro). O show, batizado de “Ribanceira”, pretende expressar a poética sonora do canto e canções que resgatam memórias, oralidades e subjetividades das pessoas que vivem à beira dos rios. O violonista João Simas fará participação. A entrada é gratuita.
Helyne é natural da cidade de Imperatriz (MA) e integrou os grupos musicais Flor de Cactus (trio vocal) e o Flor de Maracujá (grupo feminino de percussão de caixa). “Ribanceira é um projeto que vem apresentar essa possibilidade do canto vinculado à tradição vocal de tantas mulheres, caixeiras, e também a obra de compositores da música brasileira que carregam um sentimento muito próprio e tão profundo quanto a poética que está nas águas dos rios”, diz Helyne.
O projeto, além de propor uma experiência musical com a narrativa de canções que falam do rio, das águas e de uma ancestralidade que está no toque de caixa, também apresentará a obra de compositores que têm na pesquisa e observação da cultura popular a base para inspiração de suas canções, a exemplo de Déa Trancoso, Simone Guimarães, Consuelo de Paula e Tiganá Santana.
Trajetória
Helyne iniciou trajetória artística no grupo vocal Flor de Cactus, em parceria com as irmãs Dicy e Jovinha Rocha, em Imperatriz, na década de 1990. O encontro com o músico Wilson Zara levou o grupo vocal à participação em diversos festivais e no Caneleiros Bar – espaço cultural que Zara manteve durante certo tempo em Imperatriz, onde se apresentaram nomes como Jorge Mautner, Tetê Espíndola, Ednardo e Tadeu Franco, entre outros.
O toque de caixa sempre foi uma influência musical forte na formação cultural da cantora que passou a integrar, em 2009, o grupo de percussão Flor de Maracujá. Dois anos depois, desenvolveu pesquisa de mestrado sobre o terecô de caixa da cidade de Bequimão, dentro do programa de pós-graduação em Cultura e Sociedade, na Universidade Federal do Maranhão. “Ribanceira” é o retorno da cantora ao palco, dessa vez, desenvolvendo um trabalho vocal singular associando a pesquisa e resgate de canções com o primor estético de experimentação da interpretação do canto popular.
Serviço
O quê
Show “Ribanceira”, com Helyne e participação do violonista João Simas
Onde
Resistência Cultural Upaon Açu, o Re(o)cupa (R. Afonso Pena, 20, Centro)
Quando
Amanhã, às 20h
Entrada gratuita
Saiba Mais
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