Espionagem

Governistas vetam convocação de Portela e de oficiais da PM

Andrea Murad, Edilázio Júnior, Max Barros e Sousa Neto repudiaram a manibra da base governista, que rejeitou a convocação de Jefferson Portela e de policiais militares

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Andrea Murad soliticou a convocação de Jefferson Portela
Andrea Murad soliticou a convocação de Jefferson Portela (Andrea Murad)

A base governista rejeitou na sessão de ontem, na Assembleia Legislativa, dois requerimentos de autoria da deputada estadual Andrea Murad (PRP), que determinavam a convocação do secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela (PCdoB) e do comandante geral da Polícia Militar, coronel Jorge Luongo, para explicarem o teor de dois memorandos que tratavam do monitoramento da oposição ao governador Flávio Dino (PCdoB).

O primeiro requerimento, de número 186/2018, buscava de Portela esclarecimentos sobre o memorando circular nº 098/2018. Já o requerimento 190/2018 solicitava a explicações, no Plenário do Legislativo, do coronel Luongo e do coronel Zózimo Paulino, a respeito dos memorandos nº 114/2018 e 098/2018, que tratava da existência de um “Coordenador das Eleições” na estrutura da Polícia Militar, a quem os dados do monitoramento era repassado, segundo depoimento de PMs alvo de sindicância.

Líder do Governo no Legislativo, o deputado Rogério Cafeteira (DEM) orientou a base governista a votar contra os requerimentos. Ele tratou as proposições como políticas e argumentou que o caso já está sendo analisado pelo Ministério Público.

“Todas as medidas necessárias a respeito deste caso já foram tomadas. O período do palanque eleitoral só ocorrerá em outubro. Por isso, não posso permitir que façam desta tribuna um palanque eleitoral antecipado. Não há justifica plausível para estas medidas”, disse.

A deputada Andrea Murad, autora dos requerimentos, lamentou a postura dos deputados governistas e enquadrou líderes governistas.

“Vocês deveriam se envergonhar. Nenhum de vocês aqui foi eleito por Flávio Dino. Vocês foram eleitos pelo povo e devem explicações ao povo. Não permitir que o secretário de Segurança venha aqui a esta Casa para apresentar as suas justificativas para um caso tão grave e que chocou o Maranhão é um absurdo. Essa Assembleia não cumpre o seu papel e envergonha o povo do Maranhão”, disse.

Os deputados Edilázio Júnior (PSD), Max Barros (PMB) e Sousa Neto (PRP) também cobraram coerência da base governista.

Edilázio afirmou que o monitoramento político executado pela PM precisa sim ser esclarecido. Ele lembrou que o Governo utilizou várias versões para o caso da espionagem, mas recuou após o vazamento de documentos oficiais da corporação.

Max Barros afirmou que a convocação seria uma oportunidade para que Jefferson Portela e oficiais da PM se posicionassem sobre as denúncias, que ganharam repercussão nacional.

Já Sousa Neto afirmou que a rejeição dos requerimentos trata-se de uma manobra do Governo no Legislativo.

Saiba Mais

Após surgir o caso de monitoramento da oposição a Flávio Dino (PCdoB) executada pela Polícia Militar, pelo menos seis partidos políticos ingressaram com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo intervenção federal no Maranhão. A argumentação é de que há ameaça ao processo eleitoral.

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