Morte de delegado

Morte de delegado da PF repercute na Assembleia

Wellington do Curso, Max Barros e Andrea Murad questionaram dados apresentados pelo Governo sobre a segurança no Maranhão

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Max Barros é deputado estadual pelo PMB
Max Barros é deputado estadual pelo PMB (Max Barros)

A trágica morte do delegado de Polícia Federal, David Farias Aragão, assassinado no último fim de semana em sua residência, no Araçagi, foi tema de discussão na sessão de ontem na Assembleia Legislativa.

O delegado foi assassinado a tiros e facadas após reagir a um assalto a residência onde ele comemorava o aniversário da filha. Ele atuava na investigação da “máfia do contrabando”, que envolvia políticos e policiais e participou de uma das fases da Sermão aos Peixes, que apurava desvio de dinheiro público na Saúde do Estado.

O primeiro a tratar do tema foi o deputado Wellington do Curso (PSDB). Ele questionou o fato de o Governo Flávio Dino (PCdoB) ter passado a utilizar propaganda sobre uma “virtual” segurança no estado.

“Araçagi mais uma vez foi palco de cenas horríveis. Já foi palco de denúncias e manifestações nesta Casa. Lembro-me bem da chacina no Panaquatira. Falta segurança no Maranhão. Chega de propaganda enganosa na Secretaria de Segurança Pública. Não precisamos de propaganda enganosa, precisamos de ações firmes”, disse.

Crime bárbaro – Max Barros (PMB) também se manifestou sobre o tema. Ele lamentou a morte do delegado e os últimos episódios de violência na capital.

“Lamento profundamente o falecimento do delegado federal Davi Aragão, uma pessoa que tinha grande conceito na Polícia Federal. Eu conheço seu pai, médico, anestesista, Aragão, que já assistiu tantas pessoas aqui no nosso estado; sua mãe, que é pediatra. De fato é um crime bárbaro. A pessoa comemorando o aniversário de seu filho de cinco anos ter sua casa invadida por três pessoas e ser assassinado é algo realmente dramático”, disse.

Max lembrou do assassinato de uma criança no Bairro de Fátima e do atentado contra um proprietário de academia na capital. O parlamentar também falou da incoerência entre os índices de violência apresentados pelo Governo e o clima de insegurança nas ruas.

“Eu tenho um sentimento e a maioria da população tem, de que o Maranhão está bastante inseguro. A toda hora nós temos notícias de crimes de assassinato, de sequestro, como aconteceu com a companheira do prefeito de Bom Jesus das Selvas, assalto a ônibus, assalto a mão armada, assassinato, crime organizado, crime de encomenda. E ao mesmo tempo em que a gente tem esse conjunto de informações, se confronta com números que são passados de que a violência diminuiu, que o Maranhão melhorou bastante as condições de violência, de mortes. E isso não é o que a população sente. Há uma contradição entre os números que são apresentados pela Secretaria de Segurança e a realidade que nós vivemos”, pontuou.

Andrea Murad concordou com os colegas, elencou as mortes trágicas ocorridas no fim de semana e também questionou os dados divulgados pelo Governo. “A violência no Maranhão só aumenta a cada dia que passa e o que impera é o sucateamento das unidades de polícia no interior, na capital. O que a própria categoria denuncia. No Maranhão só se vê violência, só se vê roubos, só se vê assaltos. E eu quero saber em que mundo eles estão vivendo para acharem, que a segurança no Maranhão está bem”, finalizou.

Saiba Mais

O Plenário da Assembleia Legislativa respeitou, na tarde de ontem, um minuto de silêncio em homenagem ao delegado da Polícia Federal David Farias Aragão, morto no último fim de semana. A homenagem foi feita a pedido de Bira do Pindaré (PSB).

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