Confissão

Menor apreendido confessa ter esfaqueado o delegado da PF

Adolescente informou que os tiros foram disparados por seus comparsas com a arma da vítima; Wanderson de Morais, o primeiro a ser preso, teve o flagrante transformado em preventiva, e a polícia procura Davi Costa Martins

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

SÃO LUÍS - A polícia afirmou que um adolescente de 17 anos, foi o autor dos golpes de faca que mataram o delegado da Polícia Federal, David Farias de Aragão, de 36 anos. Esse menor foi apreendido ontem em uma quitinete, na Divineia. O outro acusado desse crime, Wanderson de Morais Baldez, de 18 anos, foi preso na madrugada de domingo e até a tarde de ontem procurava Davi Costa Martins, idade não revelada. O delegado foi assinado a tiros e a facadas durante assalto ocorrido na festa de aniversário de cinco anos da sua filha, na noite de sábado, 5, na residência da família, na praia do Meio, no Araçagi, em São José de Ribamar.

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“Policiais da Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP) está realizando buscas ininterruptas visando prender todos os envolvidos nesse crime”, disse o delegado Jeffrey Furtado, que é lotado na SHPP. De acordo com o delegado, o menor foi apreendido durante um cerco na Divineia e levado para a sede da SHPP, na Avenida Beira-Mar, onde prestou esclarecimento.

Jeffrey também informou que o adolescente confessou ter sido o autor dos golpes de faca, mas os tiros foram efetuados pelos outros dois bandidos. O menor após ser ouvido pela polícia foi levado para uma unidade da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), na capital.

Preventiva

O delegado disse ainda que o Poder Judiciário já expediu o mandado de prisão preventiva em desfavor de Davi Costa e também já transformou a prisão em flagrante de Wanderson Morais em preventiva. O criminoso foi preso após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Luizão, já que havia sido baleado pelo delegado durante o assalto. Policiais civis e federais estiveram na unidade de saúde e ao questionarem, Wanderson negou qualquer participação no crime.

Mesmo assim ele foi levado para a delegacia, onde confessou seu envolvimento na morte de Davi Aragão e entregou os nomes de seus comparsas. Eles usaram uma faca e dois simulacros de arma de fogo ao invadires a casa do delegado. Após discussão, David Aranhão entrou em luta corporal com um dos assaltantes, mas foi atacado a golpes de faca, mordidas e um tiro na região do tórax com sua própria arma. Após o crime, os bandidos fugiram levando alguns pertences do imóvel e das pessoas que estavam no local. Até ontem à tarde, a pistola 9 mm do policial, não tinha sido localizada.

Papel da PF

A direção da Polícia Federal informou, por meio de nota, que o inquérito policial que apura o latrocínio já foi instaurado e será conduzido pela Polícia Civil do Estado do Maranhão. “A PF continuará envidando todos os esforços possíveis para colaborar na elucidação dos fatos e na prisão dos criminosos, solidarizando-se com familiares, amigos e colegas de trabalho, lamentando profundamente o triste episódio que retirou, de forma precoce, a vida do policial que deixará imensa saudade no nosso convívio”.

A Advocacia-Geral da União (AGU) expressou o seu profundo pesar com o trágico falecimento do delegado e se solidarizou com familiares e amigos “neste momento de profunda consternação, decretando luto oficial por três dias”. Diz a nota que David Farias de Aragão estava na carreira policial desde 2006 e prestou inestimáveis contribuições em ações conjuntas com a AGU na defesa da sociedade maranhense e no combate à corrupção, razão pela qual os advogados da União, procuradores da Fazenda Nacional, procuradores Federais, servidores da AGU e demais colaboradores lamentam o ocorrido.

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